A justiça condenou Kinberlin Keyce de Jesus da Silva, 23, a 16 anos em regime fechado, por ter matado o pai com treze facadas, em junho de 2015. A sentença foi dada após ter sido julgada pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, na noite desta quinta-feira (8).
A sessão de julgamento popular terminou às 23h e foi presidida pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Celso Souza de Paula. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) esteve representado pelo promotor de justiça Armando Gurgel Maia. Na defesa da ré atuaram os advogados Carlos Guedes, Mário Paulain e Adriana Monteiro.
Logo que o juiz iniciou a sessão, o promotor Armando Gurgel Maia requereu a utilização de provas retiradas do aparelho de celular da acusada. Estas provas foram entregues após a sentença de pronúncia. A defesa contestou, mas o requerimento do Ministério foi aceito pelo magistrado.
O crime foi praticado por volta de 1h30, do dia 09 de junho de 2015, na Rua Palermo, 47, Nova Cidade, Zona Norte de Manaus. Ela foi denunciada de acordo com o art. 121, inciso 2º, parágrafos I [motivo torpe] e IV [à traição], do Código Penal Brasileiro (CPB). Ela respondia ao processo em liberdade, mas, na leitura da sentença condenatória, o juiz Celso Souza de Paula decretou a prisão da jovem.
Kinberlin é ré confessa da morte do próprio pai e alegou que a motivação foi por ela ter sido abusada sexualmente por ele desde os 13 anos de idade, mas disse, também, que tinha a intenção de ficar com a casa do pai. De acordo com a acusada, o pai a ameaçava dizendo que ela não podia contar para ninguém sobre os abusos.