MANAUS – O Sintjam (Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Amazonas) repudiou a agressão sofrida pelo oficial de Justiça Raimundo José Ribeiro Bonfim por um advogado no final da tarde de sexta-feira, 17, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus. O oficial de Justiça cumpria ordem judicial para confiscar um carro e entregá-lo ao representante do banco financiador.
Segundo o Sintjam, o servidor do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) deveria apreender o veículo, que era dirigido por uma mulher, e entregá-lo ao funcionário da entidade financeira. A mulher se recusou a entregar o veículo e discutiu com o oficial. Quando Raimundo Bonfim havia desistido da ação e entrou em outro caro, um homem aparece, consulta a mulher, foi até o carro do oficial e o agrediu com socos.
O funcionário do banco sai do veículo e se atraca com o homem, que se apresentou como advogado. Ambos caem no chão e outros homens intervieram para separá-los.
Após as agressões, o advogado e a mulher foram embora do local levando o carro. A agressão foi registrada no 6° DIP (Distrito Integrado de Polícia) e o Raimundo Bonfim se submeteu a exame de corpo de delito.
Na segunda-feira, 20, o advogado do Sintjam entrará com representação junto à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil Seção Amazonas), contra o advogado.
“O Sintjam lamenta que o servidor do TJAM, juntamente com o funcionário do banco tenham sido agredidos e impedidos de exercer o seu papel. A entidade irá pedir a punição rigorosa do agressor. “Opor-se ao Oficial de Justiça, no exercício da função, significa contrariar a própria justiça. Quem não cumpre a lei, provoca o caos social, que rotineiramente leva a barbárie e violência contra inocentes”, disse, em nota.
Consultada, a OAB emitiu a seguinte nota:
A OAB/AM informa que Richard Regimar não consta nos cadastros da Ordem como advogado. A seccional vai aguardar a representação oficial do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça -SINDTJAM. A OAB Amazonas reafirma ainda o respeito com os trabalhadores da Justiça e repudia qualquer ato de violência praticado contra os oficiais de Justiça que exercem um trabalho essencial ao cumprimento das medidas e atos judiciais.
Manaus, 18 de julho de 2020
Marco Aurélio de Lima Choy
Presidente da OAB/AM
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