Manaus/AM – Na ultima sexta-feira (2), o portal dos Fatos, entrevistou o médico Mario Vianna, para explicar a postura do governador ao ser repreendido por uma empresaria em uma coletiva, onde o governador Wilson Lima, prevê a terceira onda, após flexibilização do comercio.
Durante reunião que flexibilizou os serviços não essenciais no Estado, o governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que o Estado passará por uma terceira onda. A declaração vai na contramão das falas anteriores de Wilson, que afirmava já estarmos vivendo o pós-pandemia.
Acerca da terceira onda, ele se posicionou culpando a população: “Nós vamos, sim, ter uma terceira onda, que, infelizmente, muita gente está contribuindo pra isso”.
A fala de pós–pandemia foi dita pelo governador no mês de março, pouco após o Amazonas registrar mortes recordes no Estado. Na época o governador afirmou que: “São mudanças que a gente faz estratégicas, entendendo o momento que a gente está vivendo agora de pós-pandemia e que a gente precisa avançar em algumas áreas, principalmente na área do social”, através de nota divulgada a imprensa.
A fala de terceira onda de Wilson Lima repercutiu pois ocorreu no mesmo dia em que o governador flexibilizou ainda mais os serviços não essenciais no Amazonas, mesmo que ainda na fase laranja e com alta ocupação dos leitos no Estado.
Durante o evento, uma empresária interrompeu o discurso de Wilson Lima e fez questionamentos ao governador com relação a terceira onda. “Se já se sabe da terceira onda, começa a fazer hospital de campanha, aumentar produção de oxigênio, é você quem tem que se precaver, não nós”, afirmou ela ao governador do Estado.
Para o presidente dos médicos do Amazonas, a terceira onda pode ocorrer sim, ele disse ao portal, que alertou sobre o vírus quando ele ainda estava na China, ele também disse que, as possibilidades são minimas se as pessoas respeitar o protocolo de segurança, que sãos uso de mascara, álcool em gel e o distanciamento social.
No vídeo o governador Wilson Lima responde a empresaria dizendo que não tem como justificar aos órgãos de controle os altos investimentos que isso traria, apesar de algumas compras do governo terem sido feita com dispensas de licitação durante a pandemia.
Para o presidente dos médicos do AM, Mario Vianna, os órgãos de controle irão compreender o investimento, pois a primeira onda o mundo foi pego de surpresa, mas a segunda onda foi previsível e parece que o governador não aprendeu com ela, e se existe a possibilidade da terceira é melhor errar por excesso do que por falta de estrutura, o Dr. concorda em não desativar o hospital de campanha na Nilton Lins, e ainda diz que tem que se produzir mais oxigênio, mas o que pode evitar essa terceira onda é imunizar a população o mais rápido possível, o que os órgão não aceitaria é cometer os erros ocorridos na primeira onda, onde o governo foi comprar respirador em loja de vinho.
Veja na íntegra a entrevista:
Em uma matéria publicada na internet, os Especialistas alertam para risco da terceira onda de covid – 19 no Amazonas.
O Amazonas conseguiu reduzir consideravelmente os índices de mortes e internação por covid-19 nas últimas semanas, mas especialistas ligaram o alerta para o risco de uma terceira onda com o surgimento de novas variantes que já estão circulando no país.
Eles explicam que a baixa de novos casos no estado se dá devido a imunidade temporária que os infectados que venceram a doença adquiriram, mas destacam que não se sabe por quanto tempo ela pode durar e nem se é capaz de resistir a uma nova variante mais transmissível e letal como é a P1:
“Teoricamente há a chance de uma terceira onda, caso surja uma nova variante nas quais não haja uma cobertura efetiva pela vacina. Isso traria a possibilidade, sim, de ter uma nova alta epidêmica. Mas a nossa esperança é a vacinação, mas infelizmente ela não está na velocidade adequada”, disse Bernardino Cláudio de Albuquerque, infectologista e professor da Ufam, em entrevista ao Uol.
Na última quarta-feira (31), durante uma live de flexibilização da abertura de alguns segmentos do comércio, o próprio Governo alertou sobre o risco da terceira onda e disse em alto e bom som que ele “real”.
Há cerca de dois dias, uma nova variante foi descoberta em São Paulo, e assim como a P1, descoberta em Manaus, ainda não é possível mensurar em quais cidades ela já pode estar circulando. Ainda não se sabe ao certo qual o potencial dela, mas infectologistas e outros especialistas explicam que o Brasil, no momento, é um celeiro de novas cepas do coronavírus e que uma vez instaladas é questão de tempo para que elas se espalhem pelo território nacional e para outros países como aconteceu com a mutação amazônica.
Daí a importância de continuar mantendo as medidas preventivas e de não se aglomerar enquanto a população não for completamente vacinada.
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