Nos últimos dias, alguns acontecimentos levaram o deputado estadual Wilker Barreto a relembrar a falta de prioridade da Assembleia do Amazonas (Aleam) em investigar a crise do oxigênio no Amazonas. Isso porque, no dia 21 de junho foi divulgado que o Governo Estadual foi condenado a indenizar uma família por falta de oxigênio na pandemia. Na mesma semana, dia 23 de junho, a Casa Legislativa aprovou a concessão do título de cidadã do Amazonas à empresária que mais fez doação de oxigênio durante o pico da Covid-19 no Estado. Mesmo diante destes fatos, a CPI da Asfixia completa no dia 06 de julho um ano que foi apresentada, porém, não consegue mais duas assinaturas de oito necessárias para ser instaurada na Casa Legislativa.
O título de Cidadã do Amazonas, em questão, é à senhora Sílvia Carvalho Nascimento e Silva, presidente do grupo Ferroeste, proprietária da empresa Aço Verde do Brasil (AVB), instalada em São Luís (MA), e que fez a doação de 300 mil metros cúbicos de oxigênio medicinal, equivalente a 28 mil cilindros à população do Estado do Amazonas, durante a pandemia da Covid-19, em janeiro de 2021. A propositura, aprovada, é do deputado Abdala Fraxe (Podemos).
“É importante esse posicionamento. Nessa esteira de homenagem, encaminhei agradecimento a 72 empresas em função do que ocorreu no Amazonas ano passado e a cooperação essencial com o povo do nosso Estado. Mas também é preciso trazer a reflexão que a mesma Casa que homenageia é a que precisa investigar. A Justiça Federal já condenou o Amazonas numa ação de caráter indenizatório pelo falecimento da crise do oxigênio e a Assembleia não deu um passo na direção de investigar. Acredito que ao conceder o título, a Assembleia faz uma justa homenagem as heroínas e heróis anônimos que ajudaram o Amazonas no momento mais crítico de sua história, votei a favor, mas não podemos esquecer da CPI da Asfixia”, frisou Wilker.
O Líder da Oposição frisou que no dia 6 de julho de 2021 a CPI da Asfixia foi apresentada no plenário da Assembleia. A proposta da Comissão é investigar todos os contratos e gastos feitos pelo Executivo desde o início da pandemia, de março de 2020, até o fim das atividades da mesma. Até o momento, a CPI conta com seis assinaturas, sendo Delegado Péricles (PL), Serafim Corrêa (PSB), Wilker Barreto (Cidadania), Dermilson Chagas (Republicanos), Ricardo Nicolau (Solidariedade) e Nejmi Aziz (PSD).
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