O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta terça-feira, 22, para denunciar que quase 500 trabalhadores da saúde estão com salários atrasados, sendo 219 profissionais terceirizados da Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas) e 270 enfermeiros intensivistas do Instituto de Enfermeiros Intesivistas do Amazonas (IETI). Eles seguem para o quarto mês sem receber.
Em seu pronunciamento, Wilker detalhou que funcionários terceirizados da Segeam que prestam serviços no Programa Melhor em Casa, oriundo do Governo Federal em parceria com o Estado para promover atenção domiciliar através de equipe multidisciplinar, relatam que não receberam, até o momento, os salários referentes aos meses de julho, setembro e outubro/2022, e que chegará a mais um mês com o fim de novembro. Para o deputado, a falta de soluções do Governo para a problemática recorrente é “criminosa”.
“Como não se indignar, como não chamar de irresponsável um governo que deixa enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas e demais profissionais da saúde que cuidam e salvam vidas sem seus sustentos? Isso é criminoso, estamos falando de quase 500 trabalhadores que estão há quatro meses sem receber”, criticou Barreto, em tom de desabafo, reforçando a denúncia já feita pelo parlamentar, no último dia 8 de novembro, do atraso de três meses de salários de 270 enfermeiros intensivistas que atuam nas áreas de UTI adulto, pediatria e neonatologia de cinco unidades de saúde referências no Estado: os Hospitais e Pronto Socorro (HPSs) Dr. João Lúcio e 28 de Agosto, nas Maternidades Ana Braga e Balbina Mestrinho e na Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes (FHCFM).
O parlamentar também lamentou a falta de posicionamento da Casa Legislativa diante do problema salarial e fez um apelo para que os deputados da base governista cobrem resoluções para regularizar os pagamentos dos profissionais. O pedido foi feito, em especial, à Comissão de Saúde para que envie documento à Secretaria de Saúde (SES) cobrando explicações.
“Eu estou apenas sendo um porta-voz daqueles que pedem socorro, mas infelizmente eu falo nesta tribuna e não recebo uma resposta. O que eu quero é fazer um apelo à liderança, à bancada governista, que possamos pedir para que o governo pague os salários daqueles que salvam vidas. Ministério Público, Tribunal de Contas, Parlamento estadual… não cai a mão de ninguém perguntar o que está acontecendo. Um Estado que arrecada muito e não consegue pagar nem o salário daqueles que salvam vidas, isso para mim é má gestão associada com corrupção”, finalizou.
Comments 8