Durante o recente teste de lançamento do novo míssil balístico intercontinental (ICBM) realizado pela Coreia do Norte, uma imagem intrigante chamou a atenção. Fotos divulgadas nesta quinta-feira (13) pelo jornal estatal Rodong Sinmun mostraram o líder do país, Kim Jong-un, com um smartphone dobrável na mesa. O aparelho prateado, coberto por uma capa de couro preto, se assemelha a modelos como o Samsung Galaxy Z Flip e o Huawei Pocket S.
A presença do smartphone no evento levantou especulações sobre sua origem. O jornal sul-coreano Joongang Ilbo sugeriu que, se for realmente um celular dobrável, é provável que tenha sido contrabandeado secretamente da China para a Coreia do Norte. Essa suspeita ganha força devido às sanções impostas ao país, que proíbem a importação ou exportação de dispositivos tecnológicos. Vale ressaltar que Kim Jong-un já foi flagrado anteriormente utilizando produtos da Apple, o que aumentou a curiosidade sobre sua preferência por eletrônicos.
No mesmo dia, a Coreia do Norte anunciou o sucesso do teste de seu novo míssil de longo alcance movido a combustível sólido. Kim Jong-un, acompanhado de sua esposa e assessores, aplaudiu o lançamento do ICBM. Segundo a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, o míssil percorreu 1.001 km e atingiu uma altitude máxima de 6.648 km antes de cair no Mar do Japão. O tempo de voo, de quase 70 minutos, é similar a outros testes anteriores realizados pelo país.
Esse teste de míssil é visto como um claro aviso aos Estados Unidos e à Coreia do Sul. Recentemente, a Coreia do Norte acusou os EUA de violar seu espaço aéreo com aeronaves de espionagem e ameaçou derrubá-las. Além disso, criticou os planos dos EUA de enviar um submarino com mísseis nucleares para a região da península coreana. As tensões entre as duas Coreias estão elevadas, levando ao rompimento dos contatos diplomáticos.
Kim Jong-un justificou a aceleração dos testes citando a “situação instável” na região. Ele pediu esforços intensificados para o desenvolvimento do arsenal nuclear do país e prometeu uma “série de ofensivas militares reforçadas” até que os EUA e a Coreia do Sul modifiquem suas políticas em relação à Coreia do Norte.
O lançamento do míssil foi considerado uma provocação grave, violando as sanções impostas pela ONU. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos e a Coreia do Sul, condenou o teste e expressou preocupação com a escalada das tensões na região. Acredita-se que esses eventos recentes aumentem ainda mais a pressão sobre a situação na península coreana.
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