Na noite de quarta-feira, 16, a Polícia Federal (PF) realizou a apreensão do celular do advogado Frederick Wassef em um restaurante no shopping Morumbi, localizado em São Paulo. A medida foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) como parte da investigação em andamento sobre o desvio e comercialização de presentes diplomáticos durante o governo de Jair Bolsonaro.
A determinação de apreensão do telefone estava pendente desde a semana passada, quando a PF deflagrou a Operação Lucas 12:2. Na ocasião, Frederick Wassef não foi localizado pelas autoridades. De acordo com informações da Polícia Federal, o advogado teria recomprado um relógio da marca Rolex, que previamente havia sido vendido no exterior por auxiliares de Bolsonaro, com o propósito de devolvê-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Inicialmente, Wassef negou qualquer envolvimento naquilo que os investigadores denominam de “operação resgate”. No entanto, em uma coletiva de imprensa realizada nesta semana, ele alterou sua versão e admitiu ter readquirido o relógio, negando, contudo, ter agido a pedido de Bolsonaro. “Eu adquiri o relógio. A decisão foi minha. Utilizei meus próprios recursos”, afirmou durante a entrevista.
A equipe de reportagem procurou o advogado Frederick Wassef para obter seu posicionamento sobre o assunto, mas até o momento não obteve resposta.
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