A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), está emitindo um alerta crucial aos 62 municípios do estado. A mensagem visa ressaltar a necessidade de um preparo eficaz e a rápida resposta diante dos danos à saúde pública causados por desastres naturais, especificamente os relacionados à estiagem dos rios na região.
A estiagem dos rios traz consigo uma série de problemas que afetam diretamente a saúde pública. Entre eles, destaca-se o desabastecimento de água adequada para consumo humano, bem como o aumento das doenças ligadas a essa condição, como as doenças diarreicas agudas e as hepatites A e E.
No decorrer do primeiro semestre deste ano, a FVS-RCP distribuiu cerca de 9,9 milhões de frascos de hipoclorito de sódio, visando a prevenção de doenças associadas à diminuição dos níveis dos rios. Essa distribuição continua ocorrendo conforme as necessidades identificadas em cada um dos municípios.
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, a situação é preocupante, com 23 municípios em estado fora da normalidade devido à estiagem. Entre eles, 1 encontra-se em situação de emergência, 15 em alerta e 7 em estado de atenção, todos até a terça-feira (22/08).
Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP, ressalta a importância da ação das secretarias municipais de saúde, tanto na capital como no interior do estado. Ela afirma que é fundamental que essas entidades estejam preparadas para prevenir doenças que surgem como consequência direta das mudanças nos rios da região.
“É necessário que as administrações municipais reconheçam a urgência de treinar seus profissionais de saúde, a fim de possibilitar uma resposta estratégica e oportuna aos impactos da estiagem na região do Amazonas”, declara a diretora.
Recentemente, a coordenação da Vigilância em Saúde dos Riscos Associados a Desastres (Vigidesastres) na FVS-RCP intensificou seu alerta aos municípios por meio de uma reunião online. O encontro visou reforçar a necessidade de que os municípios elaborem, executem e acompanhem um plano de ação voltado para o enfrentamento da estiagem.
Esse alinhamento é baseado nas orientações presentes na Nota Informativa nº 20 da FVS-RCP, disponível no site da instituição. Essa nota ressalta a responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em estar preparado para situações de desastres, incluindo a avaliação de vulnerabilidades e a capacidade de resposta.
Segundo Raiane Souza, coordenadora do Vigidesastres, é crucial que as Secretarias Municipais de Saúde atuem de maneira coordenada, envolvendo áreas como vigilância em saúde, atenção básica, assistência hospitalar, assistência social, educação e defesa civil municipais.
“A vigilância desempenha um papel fundamental durante o período de estiagem e a FVS-RCP está trabalhando em conjunto com os municípios para garantir a implementação de ações coordenadas voltadas para a saúde integral”, destaca a coordenadora.
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