O Exército Brasileiro tomou a decisão de afastar o ex-ajudante de ordens do Presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, do Batalhão em Brasília. A medida foi tomada após quatro meses desde sua prisão na Operação Verine.
Mauro Cid, que desempenhava um papel próximo ao então deputado Bolsonaro antes de sua eleição presidencial, estava recebendo um salário mensal de R$ 27 mil mesmo após sua prisão. Esta situação gerou controvérsia e críticas, levando o Exército a tomar a decisão de afastá-lo de suas funções.
A Operação Verine, que resultou na prisão de Mauro Cid, investiga a possível participação de militares em atos ilegais. A permanência de Cid no Exército e a manutenção de seu salário estavam sendo questionadas por diversos setores da sociedade, o que culminou na ação do Exército de afastá-lo.
Terá de se apresentar todas as segundas-feiras ao juízo de execuções de Brasília, a começar do próximo dia 11. Está proibido de deixar a capital federal, devendo ficar em recolhimento domiciliar durante as noites e os fins de semana. Também teve suspensos eventuais porte de armas e registro de CAC.
A liberação atende a um pedido da defesa de Cid. A avaliação do ministro Alexandre de Moraes foi a de que a manutenção da prisão já não seria mais ‘adequada e proporcional’, considerando, especialmente, que o tenente-coronel já depôs diversas vezes à Polícia Federal. O magistrado destacou especialmente três oitivas do ex-ajudante de ordens – dos dias 25 e 28 de agosto e do dia 1º de setembro. Segundo Moraes, os depoimentos esclareceram as provas obtidas anteriormente pela Polícia Federal.
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