Três pesquisadores foram agraciados com o Prêmio Nobel de Física deste ano, conforme anunciado pela comissão responsável pela láurea na manhã desta terça-feira, 3 de outubro. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram reconhecidos por seus trabalhos inovadores em métodos experimentais que geram pulsos de luz extremamente curtos, possibilitando o estudo da dinâmica eletrônica na matéria.
Pierre Agostini é pesquisador da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, enquanto Ferenc Krausz atua no Instituto Max Planck, na Alemanha, e Anne L’Huillier é vinculada à Universidade de Lund, na Suécia. Vale destacar que Anne L’Huillier é a quinta mulher a receber o Prêmio Nobel de Física na história.
De acordo com a Academia Real Sueca de Ciências, as experiências desenvolvidas por esse trio de cientistas permitiram a criação de pulsos de luz tão curtos que são medidos em attosegundos. Isso abriu a possibilidade de observar e compreender os processos que ocorrem dentro de átomos e moléculas, algo anteriormente inacessível.
Anne L’Huillier, pioneira nesse tipo de pesquisa, identificou em 1987 que a transmissão de luz laser infravermelha através de um gás nobre produzia diversos tons de luz, o que levou a uma série de descobertas importantes. Já Agostini e Krausz, nos anos 2000, desenvolveram técnicas para gerar pulsos de luz extremamente curtos, medidos em attosegundos.
As aplicações potenciais dessas descobertas são diversas. Na eletrônica, compreender e controlar o comportamento dos elétrons em materiais é crucial. Além disso, os pulsos de attosegundo podem ser usados para identificar diferentes moléculas, o que tem relevância em diagnósticos médicos. Para se ter uma ideia, um attosegundo é para um segundo o que um segundo é para a idade do Universo.
Além da prestigiosa medalha e do diploma do Prêmio Nobel, os homenageados também compartilham uma quantia substancial em dinheiro, totalizando 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 4,8 milhões.
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