As indicações foram confirmadas por Lula a seus aliados no domingo (26). A expectativa é que os nomes sejam aprovados pelo Senado antes do recesso parlamentar, que inicia em 23 de dezembro.
A demora incomum de Lula em fazer as indicações deixou os cargos vagos por mais de 50 dias. Flávio Dino era considerado favorito desde outubro, após a aposentadoria de Rosa Weber no STF.
Lula, em conversas com aliados, expressou a importância de indicar alguém com a estatura de Dino para um embate político no STF, acreditando que sua bagagem jurídica o tornaria um magistrado influente na corte.
Flávio Dino, 55 anos, nascido em São Luís, foi juiz federal, secretário-geral do CNJ, presidente da Associação dos Juízes Federais, e governou o Maranhão por dois mandatos. Após ser eleito senador em 2022, licenciou-se para assumir o Ministério da Justiça.
Apesar do favoritismo de Dino, alguns aliados sugeriram que Lula escolhesse Jorge Messias, advogado-geral da União, por sua proximidade com o PT. No entanto, a indicação de Dino prevaleceu.
Quanto à PGR, Paulo Gonet, apoiado pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes do STF, foi escolhido. Gonet, de 62 anos, ingressou no Ministério Público Federal em 1987, sendo também sócio do escritório de advocacia Sergio Bermudes.
As sabatinas e votações de Dino para o STF e de Gonet para a PGR devem ocorrer nas próximas quatro semanas, antes do recesso parlamentar. Além dessas indicações, o Senado precisa aprovar as escolhas de Lula para o Banco Central, o Cade e a Defensoria Pública da União.