Nesta quinta-feira (30/11), a partir das 18h, o Centro de Artes Visuais Galeria do Largo inaugura as exposições “Teia” e “re(CORTE) ex(POSITIVO)”, evidenciando a arte urbana por meio de fanzines e registros de materiais impressos. O evento contará com saraus, apresentações musicais ao vivo e oportunidades para conversar com os artistas. A entrada é gratuita.
O diretor do espaço cultural, Cristóvão Coutinho, destaca que as propostas das exposições revelam identidades múltiplas de interações, aproximando territórios de perspectivas contemporâneas. As obras abordam demandas e interesses na urbanidade, questões de gênero, relações sociais e a intimidade do sujeito, conectando-se a raízes ancestrais e criando razões históricas com suas complexidades.
Cristóvão Coutinho, curador da exposição “re(CORTE) ex(POSITIVO)”, enfatiza os registros que compõem a mostra, ampliando a diversidade contínua de uma produção estabelecida na cidade de Manaus e no interior do Amazonas. A coletiva de artistas desta exposição é resultado da programação da Galeria do Largo e Casa das Artes nos últimos cinco anos, reunindo registros de materiais impressos autorais e obras originais para construir um acervo de memórias e reconhecer as propostas artísticas em trabalhos individuais e coletivos.
A Mostra Literária de Fanzines, intitulada “Teia”, destaca o novo necessário que foge das formas convencionais. A exposição visa apresentar ao público a produção independente de fanzines e livretos impressos, simbolizando uma ferramenta de luta e resistência em uma esfera libertária e crítica.
Marcia Antonelli, transcritora e curadora da mostra “Teia”, afirma que escrever não é apenas um ato de resistência, mas também um ato político e de existência. Para ela, a literatura de rua foi por muito tempo considerada um gênero de menor porte e desqualificado dentro do viés burguês.
“Escribir no es solo un acto de resistencia, sino también un acto político y de existencia. Esa es nuestra comprensión”, declara Marcia Antonelli, transcriptora y curadora de la muestra. Para ella, la literatura de la calle fue considerada durante mucho tiempo un género de menor importancia y, por lo tanto, descalificado dentro del sesgo burgués.
“Durante mucho tiempo, nuestra literatura fue considerada ‘marginal’ en el sentido de estar al margen de la literatura canónica y academicista de esta ciudad. Con el tiempo, hemos demostrado que no es así. Muchos de nuestros compañeros han tenido éxito en la publicación de sus respectivos libros con alcance nacional e internacional”, concluye Antonelli.
