A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma proibição na segunda-feira (7) contra a fabricação, distribuição, venda, promoção e uso de suplementos alimentares que alegavam, em suas propagandas, serem capazes de tratar doenças oculares como catarata, glaucoma e degeneração macular. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) endossou o alerta sobre os perigos da comercialização desses produtos com promessas de cura.
Vários comunicados foram enviados ao conselho por seus associados, relatando a venda de suplementos alimentares que prometiam curar e tratar doenças oculares. Os responsáveis por esses produtos afirmavam nas propagandas que a ingestão dessas substâncias resultaria na melhoria da visão de perto e de longe, visão embaçada, pressão ocular e catarata, além de prevenir problemas de visão.
Cristiano Caixeta Umbelino, presidente do conselho, avaliou a decisão da Anvisa como uma vitória importante para proteger a população de propagandas enganosas e dos possíveis efeitos colaterais e ineficácia de produtos que não contribuirão para o tratamento de doenças oculares.
A Anvisa, em comunicado, alerta sobre as propagandas de produtos com “promessas milagrosas” veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, que afirmam prevenir, tratar e curar doenças e problemas de saúde, além de melhorar questões estéticas. A agência ressalta que muitas vezes esses produtos são comercializados como suplementos alimentares, mas não possuem comprovação de ação terapêutica ou estética junto à agência.
A legislação sanitária proíbe que alimentos façam alegações de tratamento, cura ou prevenção de doenças. A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares. Portanto, qualquer propaganda de suplementos que inclua esse tipo de afirmação é considerada irregular.
A Anvisa orienta os consumidores a não adquirirem ou utilizarem suplementos alimentares que prometam atuar nas seguintes situações:
- Emagrecimento;
- Aumento da musculatura;
- Redução de rugas, celulite, estrias, flacidez;
- Melhora das funções sexuais;
- Aumento da fertilidade, alívio de sintomas pré-menstruais e menopausa;
- Melhora da atenção e foco;
- Doenças degenerativas como Alzheimer, demência e doença de Parkinson;
- Câncer;
- Problemas relacionados à próstata e disfunção urinária;
- Problemas de visão;
- Doenças cardíacas, pressão alta, colesterol elevado e triglicerídeos sanguíneos elevados;
- Regulação da glicose sanguínea, diabetes e níveis de insulina;
- Problemas gastrointestinais como gastrite e má digestão;
- Gripe, resfriado, covid-19, pneumonia;
- Labirintite, zumbido no ouvido (tinido);
- Distúrbios do sono e insônia.
A proibição da Anvisa visa proteger os consumidores de promessas enganosas e produtos que carecem de comprovação científica. É fundamental que os consumidores estejam cientes dos riscos associados a esses produtos e façam escolhas informadas sobre sua saúde ocular e bem-estar.
Comments 4