Aliados do General Braga Netto acreditam que investigação da PF prejudica sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024

Os aliados do general Walter Souza Braga Netto estão reconsiderando sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais do próximo ano. Isso acontece após os desdobramentos da operação da Polícia Federal que investiga supostas fraudes na destinação de verbas durante a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Além disso, há relatos de que o próprio militar tem demonstrado resistência em manter sua candidatura.

Braga Netto é visto como a aposta de Jair Bolsonaro para conquistar o apoio de seu eleitorado tradicional na cidade e evitar qualquer racha dentro de seu grupo político. No entanto, a recente investigação e as incertezas sobre o futuro político do general estão impactando a escolha do diretório do Partido Liberal (PL) no Rio de Janeiro na definição das chapas que concorrerão à Prefeitura.

Vale lembrar que Braga Netto foi inocentado por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso da reunião com embaixadores, o que o deixou livre, pelo menos até agora, para se candidatar nas eleições municipais de 2024.

Apesar do apoio da família Bolsonaro, fontes do PL afirmam que Braga Netto está reavaliando sua intenção de disputar a prefeitura e cogita outras opções políticas, como concorrer ao Senado ou buscar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, de acordo com a estratégia do partido. Membros do PL afirmam que, com a investigação em curso, qualquer possibilidade de sua candidatura parece estar comprometida.

O presidente do PL no Rio de Janeiro, deputado Altineu Côrtes, e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, devem se reunir com o vice de Bolsonaro na última eleição para discutir a estratégia eleitoral. Neste momento, a avaliação é de que Braga Netto deve se concentrar integralmente em sua defesa.

Braga Netto, que comandou a intervenção federal na capital fluminense em 2018, defende que não houve repasse irregular de recursos durante sua gestão e que todos os contratos do Gabinete de Intervenção Federal (GIF) seguiram os trâmites legais brasileiros.