Em comemoração à Semana da Literatura Amazonense, os alunos do Centro Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa (Cemeapi), da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), realizaram na quinta e sexta-feira (10 e 11/04), uma mostra cultural que reuniu artesanato, literatura e dança, na sede da instituição, no bairro Santo Antônio, zona oeste de Manaus.

A mostra teve como objetivo incentivar a leitura de obras de autores locais, bem como promover o aprendizado e criatividade dos alunos em processo de alfabetização. O projeto é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) em dois turnos, matutino e vespertino.
“Tenho que dar os parabéns aos alunos que deram vida ao livro abordado em sala de aula, transformando as estrofes e parágrafos em arte. Estão todos de parabéns. Agradeço também à parceria sempre muito importante com a Semed, para que esse trabalho continue proporcionando o alfabetizado a mais alunos”, disse o reitor da FUnATI, Euler Ribeiro.
A atividade desenvolvida, na quinta-feira (10/04), foi por meio da obra “Reflexões sobre as águas”, do professor e autor amazonense Joel Cabral de Abreu, que aborda a vida amazônica. A partir da obra, os alunos colocaram em prática os elementos do poema “Floresta” na forma de pequenas esculturas em caixas de papelão, retratando as matas, peixes e o ribeirinho interiorano.
E nesta sexta-feira (11/04), os alunos apresentaram uma dança teatral ao som do clássico “Porto de Lenha”, de José Evangelista Torres (Torrinho); e um teatro de figuras ilustrando a toada “Lamento de Raça”, do compositor Emerson Maia.
Incentivo ao aprendizado
A aluna Doradélia Hitotuzi Pastor, de 57 anos, conta que voltou aos estudos por meio do Cemeapi para poder ensinar sua neta.


“Ganhei uma netinha que tem TDAH e, às vezes, ela me fala: – ‘Vó, me ensina isso, pois não consigo aprender…’, eu não sabia ensinar, por isso voltei aos estudos para ensinar ela. Aprendi muita coisa e me vi fazendo várias coisas aqui na FUnATI, coisas que eu lembrava, que eu achava que sabia, mas não sabia”, afirma a aluna do turno matutino da instituição.