Rafael Silveira veio até Manaus, para prestar esclarecimento sobre possíveis fraudes em processos licitatórios
Manaus – O empresário Rafael Silveira, ex-sócio de Sérgio Chalub nas empresas Líder Serviços e Petro Serviços, revelou sobre o início da sociedade e porque decidiu desfazer a parceria. Rafael também comentou sobre o ‘Atestado de Aptidão’ falso, apresentado pela Petro Serviços para participar e ganhar o Pregão Eletrônico nº 566/2018, no valor de R$ 2,2 milhões.
Convocado para depor nesta quarta-feira (19), na CPI da Saúde, o empresário Rafael Silveira, antigo sócio de Sérgio Chalub na Líder Serviços Médicos e Petro Serviços – atual Prime Serviço -, falou sobre o início da sociedade. O empresário que não mora em Manaus, relatou que tomou conhecimento sobre a situação das investigações e possíveis fraudes, através das notícias vinculadas.
“Sou empresário, tenho outros negócios, não só no Amazonas e eu nunca ficava por aqui. Nessa época, Sérgio Chalub administrava a empresa para mim. Mas, eu não tenho conhecimento se existe algum problema, só o que vi nas notícias. Porém, faz anos que não falo com esse cidadão que é mau caráter”, relatou.
Segundo o empresário Rafael Silveira, o ex-sócio Sérgio Chalub trabalhava como vendedor na empresa antes de se tornar sócio e na separação de sociedade em 2019, Chalub ficou com a maior empresa, a Líder que tinha contratos para terceirizar médicos e questões de imagens. Rafael ficou com a menor, atual Prime Serviços.
“Inclusive, pelo que acompanho o nome dele e da empresa Líder Serviço está para cima e para baixo nos sites de notícias, não para de surgir notícias sobre ele. Única coisa que quero, é que meu nome não seja mais atrelado a esse cidadão”, disse o empresário.
Desde 2019, o único proprietário da Petro Serviços, agora, Prime Serviços, é o empresário Rafael Silveira, que será ouvido pelos deputados nesta quarta-feira (19), às 16h. “Eu vou depor e provar que a gestão da empresa era feita totalmente por Sérgio Chalub. E esse documento que estão alegando que é falso, para mim é novidade e vim para provar que não tenho nada a ver com isso”, enfatizou o empresário.
Depoimento de Sérgio Chalub
O proprietário da Líder Serviços Médicos Ltda, Sérgio Chalub, foi ouvido na CPI da Saúde, na última sexta-feira (14), afirmou que a empresa começou a atuar no governo do Amazonas em 2015, após a deflagração da ‘Operação Maus Caminhos’, quando prestou serviços de imagem no hospital e pronto-socorro Platão Araújo.
Durante depoimento na CPI, o empresário admitiu que a empresa não tinha capacidade técnica para plantão médico contratado pela secretaria de saúde do Amazonas (Susam) fornecidos no Hospital de Campanha Nilton Lins, no atendimento a pacientes com Covid-19. Segundo Chalub, a líder fornece médicos especializados nas áreas de cardiologia, ultrassonografia e cirurgia vascular.
De acordo com o presidente da CPI da Saúde, deputado delegado Péricles, a Líder Serviços foi contratada por processo indenizatório pela Susam para prestar serviços médicos especializados em clínica médica no Hospital de Campanha Nilton Lins sem apresentar atestado de capacidade técnica nessa área.Segundo dados do Portal Transparência, nos últimos cinco anos, a Líder Serviços Médicos faturou mais de R$ 16 milhões em contratos com o governo do Amazonas.
Na CPI, Sérgio Chalub foi confrontado sobre o Atestado de Aptidão Técnico, apresentado para ganhar o Pregão Eletrônico nº 566/2018, no valor de R$ 2,2 milhões. O documento estava com o nome do prefeito de Itacoatiara, Antônio Peixoto, assinado em 2018, mas o Peixoto não era prefeito na época quem estava no cargo era Mamoud Filho. Questionado, Chalub negou ter conhecimento sobre o Atestado Apresentado.
Em nota, o gabinete da Prefeitura de Itacoatiara informou que “não reconhece como legítimo o atestado de aptidão técnica apresentado pela empresa” e que ainda, “foi realizada pesquisa no Sistema de Contabilidade Pública Integrada e não foi localizado cadastro de contrato com o município em nome da referida empresa” e “o documento não está apresentado com cabeçalho e formatação padrão utilizado pelo Gabinete do Prefeito”.
A nota ainda afirma que Peixoto, não estava como prefeito na data especificada no documento.
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