Cláudia Gonzaga Lima, babá responsável pelo cuidado do filho de dois anos do advogado Ygor Colares, que é vizinho do casal agressor, rompeu o silêncio e falou sobre o terrível episódio de agressão que sofreu em Manaus. Cláudia relatou que, surpreendida, viu-se sendo violentamente agredida, sem qualquer chance de se defender.
Em uma entrevista concedida ao programa Fantástico, da TV Globo, Cláudia lamentou profundamente a falta de oportunidade para se proteger durante o ataque. “Eu só senti quando ela me empurrou. Quando eu me virei, eu já fui apanhando literalmente, né? Ela já foi me batendo, me dando socos. Eu não tive nem chance de defesa. Eu me sinto humilhada, é assim que eu me sinto”, desabafou.
O incidente ocorreu em um condomínio no bairro Ponta Negra no dia 18 de agosto. No momento em que Cláudia estava encerrando o expediente e prestes a sair, ela foi surpreendida pelas agressões. As câmeras de segurança do condomínio registraram Jussana Machado, professora de educação física, agredindo Cláudia com socos e puxões de cabelo. A intervenção do advogado Ygor Colares, ao tentar separar as duas, resultou em um disparo de arma de fogo, ferindo-o na perna.
Além disso, vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram o policial civil Raimundo Nonato, marido de Jussana, incitando sua esposa a continuar as agressões. Cláudia, ao tentar se levantar, foi confrontada com a indiferença das pessoas ao seu redor.
Já havia uma história de conflitos anteriores entre Cláudia e o casal agressor. Ygor Colares revelou que o casal havia acusado Cláudia de espalhar fofocas sobre eles no condomínio, o que ela negou veementemente. Isso gerou atrito e culminou no trágico episódio de agressão.
A defesa do casal agressor negou que as motivações das agressões estivessem ligadas a preconceitos e afirmou que o disparo foi acidental. Arthur da Costa Ponte, advogado de Raimundo e Jussana, declarou ao Fantástico que a violência perpetrada por seus clientes era injustificável, embora o disparo da arma tenha ocorrido sem intenção.
O advogado de Ygor e Cláudia, Josemar Berçot, argumentou que a agressão foi motivada por preconceito de classe socioeconômica contra a babá, uma vez que o casal agressor havia demonstrado descontentamento com a presença dela no condomínio.
As investigações sobre o incidente estão em andamento, e o caso levanta questões importantes sobre violência, discriminação e o papel da justiça na sociedade.
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