O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou preocupação com a possibilidade de uma “implosão do partido” devido a declarações polêmicas do dirigente Valdemar Costa Neto, que elogiou o ex-presidente Lula (PT). O diálogo, gravado no Rio de Janeiro, foi divulgado pela Folha de S.Paulo.
Na conversa com apoiadores, Bolsonaro não mencionou Valdemar diretamente, mas criticou declarações consideradas absurdas. Ele alertou paraproblemas internos, mencionando um episódio sério na semana anterior: “Se continuar assim, vai implodir o partido. Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular’. Manda ele tomar um [cachaça] 51 ali na esquina ali. [Lula] Não vem”, afirmou.
Bolsonaro não fez referência direta a Valdemar, mas circula um vídeo editado de uma entrevista do dirigente, onde ele elogia Lula, sem incluir outros trechos em que também elogiava Bolsonaro. Aliados de Valdemar atribuem o vídeo à tentativa da oposição de criar divisões entre Bolsonaro e o dirigente do PL.
Valdemar Costa Neto defendeu-se, classificando o vídeo como “fake” por estar fora de contexto. Ele minimizou a situação, afirmando que Bolsonaro nem ligou para ele sobre o assunto. O dirigente do PL reforçou sua opinião sobre Lula, destacando que a verdade é essencial na política.
Na entrevista editada, Valdemar destaca as diferenças entre Lula e Bolsonaro, elogiando o prestígio do petista, embora reconheça o carisma único de Bolsonaro. Ele aponta que o episódio polêmico foi explorado de maneira seletiva para gerar controvérsias.
O presidente do PL afirmou que suas palavras são verdadeiras e que, se não falar a verdade, perde a credibilidade na política. Ele ressaltou que o vídeo é uma manipulação da oposição e minimizou o impacto, destacando a falta de preocupação de Bolsonaro com a situação.
Na repercussão do vídeo nas redes sociais, Valdemar foi alvo de críticas de apoiadores bolsonaristas. Ele acusou o PT de estar por trás da divulgação e reiterou sua postura independente, recordando sua participação no governo de Lula.
