Durante sua visita à posse do presidente argentino Javier Milei, Jair Bolsonaro fez críticas às urnas eletrônicas brasileiras e surpreendeu ao elogiar Nicolás Maduro pelos votos impressos no plebiscito sobre a anexação de Essequibo, território disputado com a Guiana, ocorrido no último domingo (3).
Bolsonaro afirmou que “nem na Venezuela se tem o voto eletrônico” e destacou que, no referendo venezuelano, Maduro deu uma “lição de moral no Brasil”, ressaltando a presença do voto em papel. O ex-presidente brasileiro classificou a atitude como uma rara acerto de Maduro, que, segundo Bolsonaro, nunca acertou nada em sua vida.
O presidente brasileiro chegou a Buenos Aires na quinta-feira (7) a convite de Javier Milei e deve participar das cerimônias fechadas do Congresso Nacional e da Casa Rosada, apesar de não exercer cargo público no momento.
Na entrevista, Bolsonaro também comentou sobre a inelegibilidade de oito anos imposta a ele pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho, devido a críticas e informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente deverá concorrer apenas nas eleições de 2030.
Ainda na conversa, Bolsonaro mencionou as críticas passadas do ministro da Justiça, Flávio Dino, às urnas eletrônicas, e destacou que sua própria crítica ao voto eletrônico puro, sem comprovação em papel, foi uma das causas de sua inelegibilidade.