O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou a parlamentares que o evento de apoio programado para o próximo dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo, possui recursos suficientes, solicitando que aliados não realizem “vaquinhas” para custear o evento. Em mensagem enviada nesta quinta-feira (15), Bolsonaro afirmou: “Comunicado que o evento de 25/fevereiro tem uma coordenação. NÃO PRECISAMOS DE RECURSOS. Quem porventura esteja pedindo dinheiro (vaquinha) para o evento, não conta com nosso apoio. NÃO CONTRIBUA.”
Esta atitude contrasta com o ocorrido em 2023, quando apoiadores de Bolsonaro criaram uma vaquinha para quitar multas do ex-presidente com a Justiça. Na época, um relatório do Coaf revelou 769 mil transações via Pix nos seis primeiros meses, totalizando R$ 17,2 milhões.
Bolsonaro, em vídeo gravado na última segunda-feira (12), convocou apoiadores para a manifestação deste mês, coincidindo com investigações da Polícia Federal sobre sua suposta participação em frentes de golpe de Estado. Espera-se a presença de ao menos 30 parlamentares, além de prefeitos e governadores, enquanto alguns aliados expressaram a decisão de não participar do evento.
Os custos do ato serão cobertos pela Associação Vitória em Cristo, fundada pelo pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro. Malafaia destacou que a entidade está legalmente amparada para realizar manifestações públicas, enfatizando que não haverá recursos públicos no evento.
O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou que, por determinação de Malafaia e do ex-presidente, apenas um trio elétrico será utilizado, alugado pela entidade. Ele assegurou que não há utilização de recursos públicos, e eventuais estruturas como caixas de som e telões serão bancadas pela associação.
Em reunião para tratar da preparação do ato, Bolsonaro, Wajngarten e Malafaia discutiram detalhes com o deputado federal Zucco (PL-RS). Zucco enfatizou que a proposta é um evento pacífico, com a presença de diversas autoridades e cidadãos.
A iniciativa para o ato na Avenida Paulista partiu do pastor Silas Malafaia, que, em vídeo, instigou Bolsonaro a convocar o povo para manifestações pacíficas após o Carnaval. Segundo o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a ideia partiu do pastor Silas, que está financiando o trio elétrico, assim como em manifestações anteriores.