Um estudo recente da Fundação Dom Cabral revelou que o Brasil ocupa a 57ª posição no ranking de competitividade digital, analisando 64 nações. O índice, utilizado para medir a capacidade das economias mundiais em incorporar novas ferramentas digitais com poder de impactar a produtividade econômica, aponta o Brasil entre os 10 piores colocados.
Os principais fatores que contribuíram para o resultado negativo incluem a experiência internacional da força de trabalho, habilidades tecnológicas e estratégias de gestão das cidades para apoiar o desenvolvimento de negócios. A falta de investimento em talento e tecnologia também desempenhou um papel crucial, juntamente com o alto custo de capital no Brasil, dificultando a capacidade de inovação das empresas.
Apesar disso, alguns aspectos foram destacados como positivos, como os gastos significativos em educação, que alcançaram R$ 84 bilhões em 2022. Além disso, a pesquisa científica no país, com uma participação maior de mulheres do que a média global, foi apontada como um ponto forte.
Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, ressaltou a necessidade de políticas de Estado para impulsionar a digitalização do país, indo além do ambiente de startups e hubs. Ele enfatizou que a inovação demanda estratégia, recursos e projetos consistentes.
Os Estados Unidos lideram o ranking, seguidos pela Holanda e Cingapura, enquanto o Brasil enfrenta a estagnação, segundo Hugo Tadeu. O especialista afirmou que o país precisa de mudanças estruturais para melhorar seu posicionamento nos próximos anos.