O Complexo Hospitalar Sul (CHS) recebeu, na sexta-feira (23/05), uma visita especial que transformou o ambiente hospitalar. Os cães terapeutas Bono, Bela e Kira encantaram pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde. A ação integra o projeto de Terapia Assistida por Animais (TAA), desenvolvido por meio da Agir Saúde, que gerencia a unidade, como prática de humanização no cuidado hospitalar.
Os cães da raça Golden Retriever fazem parte do Projeto AnimaPet, coordenado pela neuropsicopedagoga Samanta Jaime. Segundo ela, os animais são cuidadosamente selecionados, passam por treinamento específico e rigorosos cuidados de saúde para atuar nesse tipo de intervenção. “A expressão de felicidade das pessoas ao interagir com os cães tem um impacto direto no bem-estar e na evolução do tratamento, especialmente para quem está hospitalizado”, destaca.
Salma Paiva, internada desde quarta-feira (21/05), contou que a visita dos cães trouxe leveza e conforto em meio ao momento difícil. “Foi maravilhoso. Eu até me surpreendi, fiquei emocionada, porque meu semblante estava triste e, de repente, fiquei alegre e feliz. Passou uma energia muito positiva”, relatou.
FOTO: Antonio Lima/Secom
O sentimento foi compartilhado pela paciente Rosiene de Góes, que está em tratamento no HPS 28 de Agosto. “Foi muito bom, muito bom mesmo. Eu estou nesse momento, com uma doença que não é muito legal, nenhuma é, mas aí a gente recebe uma visita dessa. É muito bom, até para a gente lembrar um pouco do nosso lar, da nossa casa, da família”, disse a paciente, emocionada.
A TAA é uma intervenção terapêutica complementar, que utiliza animais treinados para promover melhorias nos aspectos físicos, emocionais, sociais e cognitivos dos pacientes. Estudos indicam que a presença de animais em ambientes hospitalares contribui para a redução do estresse, depressão e ansiedade, além de favorecer a adesão ao tratamento, a comunicação e a socialização.
A atuação da equipe multiprofissional é essencial para definir o método mais adequado, assegurando tanto o acompanhamento das atividades quanto o bem-estar dos animais e dos pacientes.
O gerente multiprofissional do CHS, Marcos Paulo Ribeiro, explica que a escolha dos setores foi feita de forma criteriosa. “A gente priorizou as unidades de internação, porque temos alguns setores fechados, como UTIs, e outros com muitos curativos, que exigem maior cuidado. Por isso, escolhemos estrategicamente os setores onde os cães pudessem ter liberdade para se aproximar dos pacientes com segurança”, reforça.
As ações do projeto de Terapia Assistida por Animais no CHS devem continuar, conforme avaliações prévias, levando em consideração os resultados alcançados, a receptividade dos pacientes e as condições de segurança tanto para os animais quanto para os profissionais e usuários da unidade.
