O Ministério da Saúde divulgou um aumento alarmante de 21% nos casos de dengue no Brasil em relação ao ano anterior. O boletim epidemiológico revela que, de 1º de janeiro a 18 de novembro, foram confirmados 1.663.113 casos da doença, em comparação com 1.374.776 no mesmo período de 2022. Além disso, o número de óbitos relacionados à dengue também apresentou um aumento de 3,5%, totalizando 1.034 mortes.
O estado de São Paulo não escapou dessa tendência preocupante. Até 24 de novembro deste ano, foram confirmados 311.863 casos de dengue em 625 municípios, com 276 óbitos. Em 2022, no mesmo período, houve 327.341 confirmações em 617 municípios, resultando em 284 óbitos.
A coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo, Regiane de Paula, destaca a importância da eliminação de criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Esses criadouros incluem recipientes de água parada, pratos de plantas, calhas entupidas, lixeiras e caixas d’água mal vedadas, bem como piscinas ou fontes sem os devidos cuidados.
Os sintomas da dengue incluem febre alta, dores no corpo, articulações, atrás dos olhos e de cabeça, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo. Diferentemente da gripe e da COVID-19, a dengue não causa sintomas respiratórios e dor de garganta.
Especialistas alertam para o risco de uma epidemia em 2024 devido ao sorotipo 3, que retornou ao país em 2023. A Secretaria da Saúde de Votuporanga confirmou quatro casos desse sorotipo em 22 de novembro. O Ministério da Saúde destaca que, neste ano, os tipos predominantes são 1 e 2.