No dia 20 de dezembro, quarta-feira, o Curso de Bioinstrumentos Amazônicos, promovido pelo Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, encerra suas atividades de 2023 com uma Mostra Final aberta ao público. O evento, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, ocorrerá às 15h, na Sala de Regência do Liceu, no Bloco C do Sambódromo.
A mostra, que também celebra o encerramento da sexta turma do curso no ano corrente, tem como objetivo apresentar os resultados alcançados pelos alunos ao longo do ano letivo. Os participantes confeccionaram instrumentos musicais utilizando materiais da região, como sementes, ouriços, cuias e outros resíduos da floresta.
Idealizado pelo músico e poeta Celdo Braga, instrutor das oficinas, o curso proporciona uma experiência única ao público, com uma apresentação musical que incluirá quatro ritmos praticados pelos alunos: toada, carimbó, canção amazônica e ritmo ritualístico, este último inspirado nas batidas indígenas.
O repertório da apresentação inclui composições como “Cantos da Floresta”, “Tribal” (composta na Oficina de Ritmos Amazônicos) e um pot-pourri de Carimbó com músicas como “A garça namoradeira”, “Massa de mandioca”, “Embarca morena” e “Carimbó no mato”. Além disso, será apresentada a toada “O índio chorou”.
Celdo Braga destaca que a exposição dos bioinstrumentos terá um formato especial para proporcionar maior visibilidade a essas criações. O músico ressalta a importância de dar destaque aos bioinstrumentos e enfatiza que a exposição será uma oportunidade única para registrar todas as peças criadas ao longo do curso.
A Mostra Final é aberta à comunidade acadêmica, familiares, convidados dos alunos e instrutores, oferecendo a todos a chance de conhecer de perto o Curso de Bioinstrumentos Amazônicos e apreciar a riqueza da música amazônica.
Ao longo de 2023, o curso, ministrado sempre pelo artista Celdo Braga, teve seis edições e foi oferecido de forma gratuita pelo Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. Além de estimular a criatividade na confecção de instrumentos musicais de percussão e efeitos sonoros, utilizando materiais naturais da região, o projeto preparou os alunos para o mercado artístico do Amazonas, oferecendo oportunidades de ganhos financeiros com a venda de suas produções.
Segundo o diretor do Liceu, maestro Davi Nunes, a parceria com Celdo Braga resultou em uma proposta inovadora e relevante, que valoriza a cultura e a economia criativa da região amazônica.