O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) ingressou nesta quarta-feira, 31, com um memorando na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) solicitando a substituição dos membros da Comissão de Saúde e Previdência da Casa Legislativa (CSP-Aleam). O pedido do parlamentar foi motivado pela demora dos membros médicos do órgão temático em assinar o requerimento nº 167/2023 que solicita autorização para ‘visitação ou função de fiscalizar’ as unidades de saúde do Estado, em cobrança direcionada à Dra. Mayara Pinheiro (PRB), Dr. Gomes (PSC), Dr. George Lins (União Brasil), presidente e titulares da referida comissão, respectivamente, e com atuação na área médica.
No documento, Wilker reivindica a recomposição da Comissão de Saúde diante da falta de respostas acerca do requerimento que demanda a autorização aos parlamentares para a averiguação do correto funcionamento dos serviços e aplicação do dinheiro público nas unidades hospitalares do Amazonas. De autoria de Barreto, o requerimento nº 167/2023 está protocolado desde 8 de fevereiro deste ano, mas até o momento, recebeu apenas duas assinaturas: do deputado Cabo Maciel (PL) e o próprio Wilker, os únicos titulares da Comissão que não possuem formação na área médica.
“Estou dando entrada hoje à Mesa (diretora da Assembleia Legislativa) pedindo a substituição dos membros da Comissão de saúde, porque os hospitais estão abarrotados, profissionais sobrecarregados e eu não posso fiscalizar porque colegas deputados médicos sequer assinam o requerimento que autoriza a fiscalização de hospitais”, ponderou Barreto.
Caos no João Lúcio
Na ocasião, o parlamentar repercutiu a matéria veiculada no portal Radar Amazônico, na última terça-feira (30), que expôs o cenário caótico do Hospital e Pronto Socorro (HPS) Dr. João Lúcio, localizado na Zona Leste de Manaus, com imagens de pacientes em macas nos corredores sem direito a privacidade e expostos à contaminação, superlotação e o fornecimento de refeições aos pacientes e acompanhantes com qualidade comprometedora.
“Olhem a denúncia do João Lúcio, situações como essas estão acontecendo nos nossos hospitais, na capital e no interior, e este deputado não consegue fiscalizar porque colegas deputados se recusam a cumprir o seu papel. Não estou dizendo para votarem comigo, só votem, contra ou a favor, mas não votar é um desrespeito para com esse deputado e o povo do Amazonas. É um duro cerceamento do mandato”, finalizou.
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