Num aparte ao discurso da deputada Terezinha Ruiz, que é presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), o deputado Wilker Barreto, na manhã desta terça-feira (14), cobrou a convocação feita através de um requerimento de sua autoria, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da empresa de prestação de serviços de saúde, a Hapvida, para tratar do contrato de cerca de R$ 60 milhões para dar assistência médica e hospitalar aos servidores da educação.
Wilker disse que não é contra o plano de saúde para os profissionais da educação, mas questionou o fato do contrato milionário não garantir atendimento para os professores do interior do Estado, sequer na área clínica. Ele citou o exemplo do municípios de Tabatinga, no Alto Solimões, onde o servidor da educação que quer fazer um simples exame laboratorial tem que vir pra Manaus. “É mais barato pagar o exame particular do que pagar a passagem”, lembrou Wilker, explicando seu posicionamento em conversa telefônica com o Radar. O parlamentar cobrou da deputadaTerezinha Ruiz (PSDB) para que agendasse essa reunião com Seduc e Hapvida, de forma virtual, hibrida ou presencial.
Mas não é de agora que existem denúncias sobre falhas no atendimento realizado pela rede de serviços hospitalares Hapvida. Além de Wilker Barreto, outros parlamentares como o deputado estadual Serafim Corrêa, o vereador Claudio Proença e o deputado federal Bosco Saraiva, já questionaram irregularidades na prestação de serviços de saúde da Hapvida e pediram investigação sobre as denúncias de péssimo atendimento médico-hospitalar, o remanejamento de pacientes para o sistema público de saúde e indícios de sonegação de impostos.
A rede privada também foi acusada de enviar seus pacientes com Covid-19 para o sistema públicos de saúde, sobrecarregando hospitais públicos. Pacientes internados no Hospital de Campanha da Prefeitura de Manaus denunciaram em vídeo que tiveram atendimento negado nas nas unidades de saúde da Hapvida, foi sobrecarregado por pacientes da rede privada, como os do grupo Hapvida.
O deputado federal Bosco Saraiva foi um dos palamentares que se posicionou nas redes sociais sobre a negligência no atendimento por parte da Hapvida aos pacientes com Covid-19. Segundo ele, é preciso cobrar as despesas que a Hapvida provocou ao Sistema Único de Saúde (SUS) quando encaminhou pacientes às unidades hospitalares públicas. “É inadmissível que essa operadora, que goza do incentivo do governo, aumente a demanda junto ao SUS. Existe a comprovação dos órgãos de defesa do consumidor de que essa prática está sendo usada, por isso cobrarei o ressarcimento dessa dívida”, pontuou.
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