Título: Desvendando Mitos e Verdades sobre o Câncer de Próstata: Conheça a Importância do Diagnóstico Precoce
Subtítulo: Urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece dúvidas e destaca a relevância do Novembro Azul na conscientização sobre a doença.
Corpo da Matéria: No mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, o urologista Dr. Carlo Passerotti, coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, desmistifica questões e ressalta a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura, que podem atingir até 90%, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
- O câncer de próstata não é exclusivo de homens idosos.
- Mito: Embora seja mais comum a partir dos 50 anos, a doença pode ocorrer em qualquer idade, inclusive antes dos 40. A vigilância deve começar cedo, especialmente para aqueles com histórico familiar e obesidade.
- Histórico familiar não influencia significativamente nas chances de desenvolver câncer de próstata.
- Mito: Cerca de 85% dos casos ocorrem em homens sem antecedentes familiares. Hábitos alimentares, obesidade e estilo de vida também são fatores determinantes.
- A ausência de sintomas não exclui a possibilidade de câncer de próstata.
- Mito: A doença é muitas vezes assintomática. Dificuldade para urinar, jato fraco, urgência urinária e outros sintomas podem aparecer tardiamente, indicando a importância dos exames regulares.
- O exame de PSA sozinho não é conclusivo para diagnosticar câncer de próstata.
- Mito: O PSA pode estar elevado por razões diversas. Seu nível não é suficiente para diagnóstico, mas serve como indicativo para outros exames complementares.
- Níveis elevados de PSA nem sempre indicam presença de câncer de próstata.
- Nem sempre: PSA alto pode ter causas diversas, e há casos em que o câncer está presente mesmo com níveis normais de PSA.
- Níveis baixos de PSA não garantem ausência de câncer de próstata.
- Nem sempre: Cerca de 15% dos homens com PSA normal têm câncer de próstata. Alguns tumores não produzem PSA em quantidades detectáveis.
- Exame de toque retal é essencial mesmo com PSA realizado.
- Verdade: Complementar ao PSA, o toque retal identifica lesões não detectadas pelo teste de sangue, sendo crucial para localização e necessidade de biópsia.
- Hábitos como vida sexual ativa e uso de cueca apertada não influenciam o câncer de próstata.
- Mito: Fatores como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo têm mais impacto. Estudos indicam que vida sexual ativa pode até reduzir o risco.
- Câncer de próstata em estágio inicial geralmente não apresenta sintomas.
- Verdade: Sintomas urinários podem ser confundidos com envelhecimento, destacando a necessidade de consulta médica para diagnóstico preciso.
- Câncer de próstata é curável com diagnóstico precoce e tratamento adequado.
- Mito: Chances de cura chegam a 90%. Tratamentos incluem cirurgia, radioterapia e outros, dependendo do estágio, características do tumor e condições do paciente.
- Não há prevenção direta para o câncer de próstata.
- Verdade, porém: Medidas como alimentação saudável, atividade física regular e consultas médicas periódicas podem reduzir riscos ou facilitar a detecção precoce.
- Traumas na região peniana não aumentam riscos de câncer de próstata.
- Mito: Não há evidências científicas que comprovem essa relação.
- Transexuais femininas também devem fazer exame de próstata.
- Verdade: Ainda possuindo a glândula prostática, essas pessoas podem desenvolver câncer. O uso de hormônios femininos reduz riscos, mas não elimina totalmente a possibilidade.