A gravíssima desassistência à Saúde da Mulher no Amazonas, principalmente nos necessários exames preventivos contra câncer de mama e colo-de-útero, foi revelada em Audiência Pública da Defensoria Pública do Estado- AM, conduzida pela Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher, Dra. Caroline Braz.
Muito mais que relatos, testemunhas narraram a gravidade nesse descaso de ausência de prevenção em doenças que são evitáveis. Ao conduzir a reunião que contou com representantes das Comunidades, do Governo, Instituições e do DPE-AM, até a própria proponente da Audiência Publica Dra. Carol Braz ficou impressionada, que declarou que como defensora pública, coletou por meses a fio fatos desse descaso.
A Assistente Social do Lar das Marias, Gláucia Souza, contou sobre o abandono das famílias às vítimas e a ausência de atendimento no interior. Já a Defensora Carol Braz, lembrou que entre outros problemas, das intermináveis filas de crianças PCDs em busca de atendimento com neuropediatras nos municípios e a imensa maioria desiste por falta de profissionais. “Os testemunhos de quem acompanha e sente na pele o problema da ausência de ações preventivas na Saúde, mostram a importância de se praticar mais vigilâncias. Assim há um diagnóstico fiel da situação longe da dignidade humana. A via sacra dos profissionais de Saúde em busca de emendas parlamentares para compra de equipamentos, por exemplo, não resolve o problema. Saúde é uma política de Estado e não deve depender disso” disse.
A Audiência Pública reuniu 70 representantes de associações, além do Dr. Gerson Mourão, presidente da FCECON, Luís Castro, consultor do programa Saúde na Floresta da Fundação Amazônia Sustentável, da Promotora de Justiça, Cláudia Maria Raposo do Dr. Arlindo Gonçalves dos Santos Neto, defensor público titular do Núcleo de defesa da Saúde, Marília Muniz Cavalcante, Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Lúcia Marques de Freitas, gerente da Rede Cegonha da SEMSA e de Naiara Maksoud, Secretária Executiva da SES/AM.
O próximo encontro está marcado para o dia 29, desse mês. Onde serão sugeridas novas ações para se corrigir essas necessidades que tanto maltratam milhares de famílias em todo o Amazonas.


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