Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, agora enfrenta quatro processos criminais distintos, tendo sido recentemente acusado de interferir nas eleições do estado da Geórgia. Ao todo, ele acumula um total de 91 acusações contra si, incluindo processos civis relacionados a difamação e fraude empresarial.
A ausência de uma legislação similar à Lei da Ficha Limpa nos Estados Unidos não impede que um réu ou mesmo uma pessoa presa se candidate à presidência. No entanto, a série crescente de questões judiciais pode impactar negativamente a campanha de Trump, com datas de julgamentos coincidindo com debates, comícios e primárias partidárias.
O primeiro processo criminal contra Trump surgiu de alegações de que um ex-advogado do ex-presidente, Michael Cohen, sob orientação de Trump, pagou secretamente US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um suposto caso entre os dois durante a campanha de 2016. Essas acusações envolvem falsificação de registros empresariais para encobrir o pagamento.
Outro processo acusa Trump de reter ilegalmente documentos sigilosos relacionados à segurança nacional após deixar a presidência. Além de Trump, duas outras pessoas enfrentam acusações nesse caso: Walt Nauta, ajudante de Trump, e Carlos De Oliveira, gerente da propriedade Mar-a-Lago.
Um dos processos mais graves alega que Trump buscou ativamente desafiar o resultado das eleições de 2020, desrespeitando a vitória de Joe Biden e incentivando a invasão do Capitólio por seus apoiadores em janeiro de 2021. Esse caso abrange acusações de obstrução e tentativa de obstrução de procedimento oficial, bem como conspiração para defraudar os Estados Unidos.
A acusação mais recente alega que Trump e seus aliados buscaram alterar o resultado da eleição na Geórgia, onde perdeu por uma pequena margem. Trump é acusado de solicitar a manipulação de votos para reverter o resultado. Esse caso é o mais amplo dos quatro, com 13 acusações contra Trump e um total de 41 acusações considerando todos os réus.
Apesar das múltiplas acusações, Trump afirma sua inocência em todos os casos e acusa os procuradores de perseguição política.
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