Na noite de domingo (20), em solo australiano, a seleção feminina da Espanha realizou uma atuação excepcional, vencendo a Inglaterra por XXX gols a YYY e garantindo a vitória na Copa do Mundo feminina. Esse feito representou o clímax de uma jornada vitoriosa improvável, marcada por conflitos internos, desafios superados e até mesmo uma derrota por goleada durante a campanha do título na Oceania.
Dirigida por Jorge Vilda, um treinador que enfrentou resistência de parte das jogadoras, a equipe espanhola encerrou sua participação no Grupo C do Mundial com uma derrota por 4 a 0 para o Japão. Nessa fase, poucos poderiam imaginar que, em apenas 20 dias, o time dominaria as campeãs europeias e celebraria uma vitória histórica no Estádio Olímpico de Sydney.
O destaque dessa campanha surpreendente foi a capacidade de superar adversidades. Antes, somente em 1954, na Suíça, uma equipe havia sofrido uma goleada em seu caminho para conquistar a Copa. A Alemanha Ocidental havia perdido por 8 a 3 para a Hungria na primeira fase, mas se reergueu, chegou à final e venceu a própria Hungria por 3 a 2, um feito conhecido como o “milagre de Berna”.
Na edição conjunta do Mundial de 2023 na Austrália e na Nova Zelândia, a Espanha não precisou de uma virada na final. Embora tenha acertado a trave no começo do jogo, a equipe espanhola se mostrou superior ao longo da partida, dominando o confronto com passes curtos e uma marcação alta que pressionou as jogadoras inglesas.
Apesar de um breve período de equilíbrio de cerca de 20 minutos, no qual a Inglaterra ameaçou com Hemp, a Espanha se destacou pela sua posse de bola e organização no meio-campo, liderada por jogadoras como Bonmatí, Abelleira e Hermoso.
A quebra do empate veio aos 29 minutos, quando Carmona aproveitou a desatenção da defesa inglesa após jogadas bem construídas por Abelleira e Caldentey, marcando o primeiro gol da partida.
Mesmo com alterações táticas feitas pela treinadora holandesa Sarina Wiegman, que buscou reverter o cenário do jogo, as espanholas mantiveram o controle e criaram oportunidades de ampliar o placar. Uma penalidade marcada com auxílio do VAR não foi convertida por Hermoso, mantendo a partida em aberto.
Na reta final, a Inglaterra tentou uma abordagem mais agressiva, mas a goleira Cata Coll frustrou as tentativas de empate. Apesar de 14 minutos de acréscimo, a seleção inglesa não conseguiu alterar o resultado final.
A Copa do Mundo feminina de 2023 foi considerada um sucesso pela FIFA, com várias surpresas e uma redução na média de gols por partida, sinalizando uma maior competitividade entre as equipes. A receita do torneio atingiu US$ 570 milhões (R$ 2,8 bilhões), e a presidente da FIFA, Gianni Infantino, celebrou a diversidade de vencedores e o avanço do esporte.
Para a Espanha, esse título representou um triunfo merecedor após uma jornada tumultuada. Além da derrota para o Japão na fase de grupos, a equipe enfrentou uma crise interna que persistiu até a decisão, envolvendo jogadoras e o técnico Jorge Vilda.
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