Uma adolescente de 13 anos foi estuprada dos nove aos 12 anos pelo próprio pai, na casa onde vivia com ele, a mãe e mais duas irmãs em Mombuca (SP). Depois que a polícia de Capivari prendeu o criminoso, em fevereiro deste ano, ela ainda sofreu mais um abuso sexual por parte do pastor evangélico, que atuava como Guarda Municipal.
Segundo o Universal, o pastor foi preso, no último dia 30 de setembro, no Paraná, onde se escondia. E a garota está sob tratamento psicológico e sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar da cidade de Mambuca, órgão que levou o caso às autoridades. Sob a justificativa de conhecer a menina desde os seus quatro anos de idade, e também alegando que iria ajudá-la a superar o trauma da violência sofrida, o pastor evangélico e sua mulher, pediram a guarda provisória da menina ao Conselho Tutelar de Mombuca.
“O Conselho buscou na família da vítima quem tinha condições de acolhê-la, e ninguém podia. Já a família [do pastor] brigou muito para ter a sua guarda, e o Conselho avaliou que eram pessoas de boa índole. O pastor e sua mulher estavam dando todo o suporte a ela e o órgão considerou que era melhor deixá-la com o casal a enviá-la para um abrigo”, justificou, por telefone, uma das representantes do Conselho, que preferiu não se identificar.
Mas, durante as visitas da menina à família biológica, sua mãe notou um comportamento estranho entre ela e o pastor. Até que em determinada situação, ela flagrou a filha sendo abusada pelo homem e o denunciou à polícia. Sabendo da queixa, ele fugiu para a casa de um parente, no Paraná, mas foi preso no fim de setembro.
A polícia localizou mensagens de texto no celular dos dois, em que o pastor dizia estar apaixonado pela adolescente e a influenciava a mentir se o caso fosse descoberto. Além desse crime, a polícia descobriu que a mulher do pastor sabia de tudo o que estava acontecendo, mas não denunciou para preservar o casamento. A corporação informou, por nota, que ela teria comunicado o caso ao Conselho de Ética da Igreja a qual pertence e na qual o divórcio não é aceitado. Ela ainda pediu à família da menina para que não procurasse a polícia.