O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou que a polícia federal dos Estados Unidos, FBI, fornecerá assistência nas investigações relacionadas ao assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Villavicencio foi morto a tiros durante um evento de campanha em Quito na quarta-feira (9), onde cerca de cem pessoas estavam presentes.
Em um comunicado nas redes sociais, Lasso afirmou: “Solicitei apoio ao FBI para a investigação do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio Valencia. A Agência Federal de Investigação e Inteligência dos EUA aceitou nossa solicitação e uma delegação chegará ao país nas próximas horas.”
Um vídeo circulando na internet mostra um grupo de homens encapuzados alegando ser membros da gangue Los Lobos, uma das maiores organizações criminosas do país, assumindo a autoria do assassinato. No entanto, o governo de Lasso ainda não confirmou a autenticidade dessa gravação.
As autoridades equatorianas estão investigando o ocorrido. Durante a troca de tiros entre a equipe de segurança do político e os suspeitos, um suspeito foi baleado e morreu dentro de uma ambulância, enquanto outros seis foram detidos em operações de busca e apreensão na mesma noite do assassinato, de acordo com a Polícia Nacional do Equador.
O ministro do Interior, Juan Zapata, revelou em uma coletiva de imprensa que todos os detidos são estrangeiros e fazem parte de uma organização criminosa. A origem específica dos suspeitos ainda não foi confirmada, mas relatos indicam que eles são colombianos.
O caso lembra o assassinato do ex-presidente do Haiti, Jovenel Moïse, em 2021, quando um grupo que incluía 26 colombianos e dois haitiano-americanos esteve envolvido no crime.
O candidato Villavicencio contava com três anéis de segurança no momento do atentado, conforme detalhado pelo comandante geral da polícia equatoriana, Fausto Salinas. Esses anéis incluíam cinco policiais ao seu lado, uma equipe intermediária de apoio e uma viatura fazendo o cerco externo. Três dos agentes foram feridos na troca de tiros e estão em estado estável. Além disso, várias outras pessoas que estavam presentes no evento ficaram feridas, incluindo uma candidata à Assembleia Nacional.
A polícia isolou a área onde o tiroteio ocorreu e descobriu evidências, incluindo uma pistola, 64 cápsulas e uma granada, que foi detonada de forma controlada. Operações de busca e apreensão foram conduzidas em diversos imóveis na região de Conocoto e no sul de Quito, resultando na apreensão de armas, munição e veículos.