A Fifa e a Conmebol estão monitorando de perto os eventos que levaram à destituição do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, por meio de uma decisão judicial. A possível intervenção das entidades no cenário não está descartada, caso se conclua que o processo de remoção não seguiu as normas estabelecidas pelas organizações. Importante ressaltar que a participação do Fluminense no Mundial de Clubes está assegurada.
Na última quinta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou as duas assembleias que elegeram Ednaldo, determinando a nomeação de um interventor, José Perdiz, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para conduzir novas eleições em 30 dias.
Os regulamentos da Fifa e da Conmebol enfatizam a não interferência de terceiros na administração das federações nacionais, conforme estabelecido nos artigos 14 e 19 da federação internacional. Antes da decisão judicial, tanto a Fifa quanto a Conmebol enviaram cartas à CBF, alertando sobre a existência desses artigos e mencionando possíveis sanções.
Após a decisão do tribunal, representantes da Fifa e da Conmebol estão analisando detalhadamente a medida tomada pela Justiça para determinar se a destituição de Ednaldo violou os regulamentos. Caso seja confirmado, uma intervenção na CBF não está descartada, o que poderia impactar a participação do Brasil em eliminatórias da Copa e competições internacionais de clubes.
É crucial destacar que, segundo fontes, não há risco para o Fluminense, que continua confirmado para participar do Mundial de Clubes da Fifa. Ednaldo Rodrigues é conhecido por ser aliado do presidente da Fifa, Gianni Infantino, e conta com o apoio da entidade na disputa pelo poder na CBF.
Embora a Fifa e a Conmebol tenham enviado alertas prévios, nunca houve, na prática, uma punição direta da Fifa à confederação brasileira por disputas internas na Justiça relacionadas ao poder. A decisão do Tribunal de Justiça buscou destacar que não era uma intervenção externa, já que José Perdiz é do meio esportivo.