Defesa da deputada também quer o fim do recolhimento domiciliar
Nesta quarta-feira (23), a defesa da deputada federal Flordelis pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a ordem da Justiça do Rio de Janeiro a respeito do uso de tornozeleira eletrônica. Os advogados da parlamentar argumentam que os investigadores manipulam depoimentos com o intuito de apontar que Flordelis foi mandante do assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo.
A defesa de Flordelis ressaltou ainda que Constituição proíbe que parlamentares sejam presos sem que haja flagrante. Segundo eles, não há aval para que seja aplicada medida cautelar.
– Se o parlamentar não pode ser preso, salvo em flagrante delito, como admitir aplicação de medida cautelar diversa da prisão? Tal situação gera uma insegurança Jurídica sem precedentes e atenta contra o Estado Democrático de Direito – declararam os advogados.
Além da tornozeleira eletrônica, a Justiça do Rio determinou, na última sexta-feira (18), que a parlamentar deve cumprir recolhimento domiciliar, no período de 23h às 6h.
Entretanto, a defesa de Flordelis considera que o recolhimento “não é relevante” e é também “inaceitável”. Os advogados disseram que sua cliente “não é dada a baladas, noitadas ou eventos festivos, levando vida morigerada e dedicada, além de suas atividades parlamentares, a manter sua casa em boa ordem”.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou Flordelis como mandante do assassinato de Anderson. O pastor foi morto após levar mais de 30 tiros na porta de casa, em junho do ano passado.
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