O Google anunciou hoje o lançamento do Bard, uma inteligência artificial concorrente do ChatGPT, em mais de 50 países, incluindo o Brasil e os países da União Europeia. Até o momento, o Google havia evitado lançar o Bard na Europa devido a questões regulatórias. Segundo um comunicado divulgado no blog da empresa americana, o Bard está disponível na maioria dos países do mundo e nos idiomas mais falados. A ferramenta de IA foi desenvolvida como resposta ao software ChatGPT, criado pela OpenAI e financiado principalmente pela Microsoft.
O Bard, que anteriormente era trilíngue (inglês, japonês e coreano), agora poderá se expressar em quase 40 idiomas, incluindo português, árabe, alemão, chinês, espanhol, francês e hindi. Além disso, o programa também é capaz de comunicar suas respostas oralmente, adaptar seu estilo para linguagem informal ou profissional e extrair informações de imagens. Assim como o ChatGPT, o Bard também tem a capacidade de retomar uma conversa anteriormente suspensa temporariamente.
Os chatbots, como o Bard e o ChatGPT, são considerados alternativas às pesquisas online tradicionais e têm sido bem-sucedidos desde o lançamento do ChatGPT em novembro de 2022. Vale ressaltar que o ChatGPT já está integrado ao mecanismo de busca Bing e a outras ferramentas da Microsoft.
A inteligência artificial, que simula o raciocínio humano, está evoluindo rapidamente. O Google possui até mesmo um aplicativo de IA especializado em medicina, chamado Med-PaLM, que recentemente passou nos exames que permitem a prática da medicina nos Estados Unidos. Os chatbots têm a capacidade de escrever ensaios acadêmicos em questão de segundos, criar imagens realistas e imitar vozes humanas.
Em relação à regulamentação dos algoritmos de IA, o Google adiou o lançamento do Bard na União Europeia devido às preocupações do bloco em relação à privacidade, propriedade intelectual e desinformação. No Brasil, a Alphabet, empresa controladora do Google, iniciou uma campanha contra um projeto de lei que busca responsabilizar as empresas que não combatem a disseminação de desinformação.
Por fim, é importante destacar que Estados Unidos e União Europeia estão colaborando para elaborar um “código de conduta” comum em relação aos desafios impostos pela inteligência artificial. Os líderes do setor têm ressaltado a importância de priorizar a IA como uma questão global, ao lado de outros riscos sociais, como pandemias e guerra nuclear.
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