A empresa Líder Serviços de Apoio a Gestão de Saúde Ltda, atual Madim, e seu sócio-administrador, Sérgio Chalub, que foram denunciados pela CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) por crimes contra a Administração Pública estadual em 2020, ainda continuam prestando serviços nas unidades de saúde do Estado. A grave revelação foi feita nesta quarta-feira, 27, pelo deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) em sessão ordinária da Casa Legislativa, que trouxe novamente à tona que ambos estiveram na lista de indiciados do relatório final da CPI, que investigou irregularidades nos contratos da saúde firmados entre os anos de 2011 a 2020.
Na tribuna, Wilker expôs que tanto a empresa quanto o dono ainda atuam na rede pública estadual por meio de processos indenizatórios e contratos celebrados para prestação de serviços em oito unidades: os Hospitais e Prontos Socorros Platão Araújo e 28 de Agosto, os Prontos-Socorros da Criança da Zona Leste (Joãozinho) e da Zona Sul, as Fundações de Medicina Tropical e Adriano Jorge, o Instituto de Saúde da Criança no Amazonas (Icam) e a Maternidade Cidade Nova Dona Nazira Daou Cami II. Com exceção dos pagamentos indenizatórios, tais contratos em vigência já somam R$ 11.776.587,32 milhões, sendo R$ 7.462.709,20 milhões somente em 2023.
No entanto, a empresa Líder Serviços de Apoio a Gestão de Saúde Ltda, que mudou o nome fantasia para Madim Manaus Diagnósticos Médicos de Apoio a Gestão de Saúde Ltda, mas manteve no mesmo CNPJ, foi indiciada pela CPI da Saúde pela prática de improbidade administrativa, após fornecer ao Estado sem comprovar capacidade técnica. Já Sérgio Chalub figurou na lista de indiciamentos pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, fraude à licitação e fraude a ato de licitação.
“Preciso reavivar a memória da sociedade amazonense que esta empresa foi denunciada no relatório final da CPI por prática de improbidade, e seu proprietário por falsificação de documento público, falsidade ideológica e fraudes à licitação. Mas invés do poder público impedir o serviço, as empresas denunciadas estão faturando milhões”, ponderou Barreto, que foi membro titular da CPI da Saúde instalada na Aleam.
Diante da grave revelação, Wilker afirmou que acionará o Ministério Público (MP) para cobrar informações sobre os desdobramentos das investigações feitas pela CPI.
“Faço um apelo ao Ministério Público para que investigue e dê uma satisfação para a sociedade do que foi o trabalho desta Casa, pois estou no segundo mandato e até a presente data não tenho conhecimento de como se encontra as investigações. Fizemos a nossa parte, cobramos publicamente, juntamos as provas, denunciamos, passaram três anos e não temos o fechamento da CPI”, finalizou o parlamentar.
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