A Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, anunciou medidas adicionais para restringir conteúdo considerado prejudicial à saúde mental de adolescentes em suas plataformas. A iniciativa visa ocultar resultados de busca relacionados a temas sensíveis, como suicídio, automutilação e transtornos alimentares, redirecionando os jovens para serviços especializados de ajuda.
As mudanças entrarão em vigor nos “próximos meses”, de acordo com a Meta, sem uma data específica definida. Contudo, contas de menores de idade registradas a partir de 9 de janeiro de 2024 já serão submetidas a configurações mais rígidas. Anteriormente, não havia diferenças significativas entre contas de menores e adultos, respeitando a lei dos Estados Unidos, que requer o cadastro apenas de pessoas com 13 anos ou mais, embora a autenticação da idade do usuário seja uma questão desafiadora.
Essa atualização surge em meio a um processo judicial envolvendo mais de 40 estados americanos que acusam a Meta de prejudicar a saúde mental dos jovens através do Facebook e Instagram. O processo, iniciado em 24 de outubro de 2023, levou a Meta a implementar medidas mais robustas de proteção.
A Meta expressou desapontamento com o litígio, afirmando que preferiria uma colaboração produtiva com os procuradores-gerais para estabelecer normas claras adaptadas à idade dos usuários de aplicativos usados por adolescentes.
A empresa afirmou que consulta constantemente especialistas em desenvolvimento adolescente, psicologia e saúde mental para tornar suas plataformas seguras. Apesar das restrições, Facebook e Instagram ainda permitirão que usuários compartilhem experiências relacionadas a temas sensíveis, recomendando, no entanto, buscar ajuda profissional em organizações como o Centro de Valorização da Vida (CVV).
No Instagram, as restrições ativas serão gerenciadas na seção “Controle de conteúdo sensível” e, no Facebook, em “Reduzir”. A empresa notificará contas de menores de idade sobre a nova política, oferecendo a opção de ativar as configurações recomendadas.
Essa iniciativa reflete a preocupação crescente com o impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens e surge em resposta a pressões legais e críticas anteriores. A Meta destaca seu compromisso em tornar as plataformas seguras e apropriadas para adolescentes, destacando a importância de parcerias construtivas na definição de diretrizes para o setor.