O ex-secretário da Secretaria de Cidades e Territórios (Sect), João Coelho Braga, também conhecido como “Braguinha”, é um dos alvos da Operação Greenwashing da Polícia Federal, que tem como foco a investigação da ilegal venda de R$ 180 milhões em créditos de carbono de áreas da União invadidas no Amazonas. Desde as primeiras horas da manhã (5), agentes da PF estão cumprindo mandados judiciais em um condomínio de luxo, localizado no bairro Dom Pedro, onde Braguinha reside.
Além de sua atuação na Sect, Braguinha já esteve à frente da Superintendência de Habitação do Estado (Suhab) e ocupou outras secretarias em gestões municipais anteriores. A PF também está realizando ações em outro residencial no bairro Parque 10, na zona sul, e na Baixada Fluminense, na zona norte.
Operação da Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (5), no Amazonas, a Operação Greenwashing, com o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de vender cerca de R$ 180 milhões em crédito de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente.
Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão. Além do Amazonas, a operação acontece simultaneamente nos estados de Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo.
Policiais federais cumprem ainda 108 medidas cautelares diversas da prisão, oito suspensões do exercício da função pública, quatro suspensões de registro profissional no CREA e sete bloqueios de emissão de Documento de Origem Florestal (DOF’s), bem como o sequestro de R$ 1,6 bilhão
A Polícia Federal vem investigando e já descobriu a existência de um esquema de fraudes fundiárias que já se estende por mais de 10 anos e seu “INÍCIO FOI NA CIDADE DE LÁBREA/AM” localizada a 701 quilômetros da Capital do Estado do Amazonas, as investigações apontam a duplicação e falsificação de títulos de propriedades. Foi constatado essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de aproximadamente 538 mil hectares de terras públicas.
Em levantamento feito pela polícia federal, entre os anos de 2016 a 2018, essa organização criminosa vem em um crescimento grande e aumentando as suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedades e inserindo dados falsos no sistema de gestão fundiária (SIGEF), com a participação direta de servidores públicos e responsáveis técnicos no esquema ilegal.