O ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), está programado para ser internado na próxima segunda-feira, dia 11 de setembro, para passar por três cirurgias essenciais. Os procedimentos médicos incluem a reconstituição das alças intestinais, a correção de uma hérnia de hiato e o tratamento do desvio de septo nasal. As operações serão conduzidas no hospital Vila Nova Star, localizado na Zona Sul da cidade de São Paulo, onde Bolsonaro já havia realizado exames no último dia 23.
Vale destacar que a reconstituição das alças intestinais será a sexta cirurgia que Bolsonaro enfrentará em decorrência do ataque a faca que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. A última intervenção ocorreu em 9 de janeiro deste ano, nos Estados Unidos, logo após manifestantes terem invadido e causado danos às sedes dos Três Poderes em Brasília. Naquela ocasião, o ex-presidente experimentou dores abdominais devido a uma aderência no intestino.
As cirurgias foram confirmadas ao Estadão por Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação e advogado de Bolsonaro. Segundo Wajngarten, o ex-presidente passará pelas duas cirurgias abdominais, para corrigir problemas no intestino e tratar a hérnia de hiato (que causa refluxo gástrico), no mesmo dia de sua internação, na terça-feira, 12 de setembro.
A operação para corrigir o desvio de septo nasal, que visa resolver obstruções nasais, será realizada em sequência, dependendo das condições clínicas de Bolsonaro.
É importante notar que a pressão sobre Bolsonaro e seus apoiadores tem aumentado desde a última operação da Polícia Federal no caso das joias sauditas. O ex-presidente é suspeito de coordenar e se beneficiar de um esquema internacional de venda de bens de alto valor adquiridos durante agendas oficiais.
Na quinta-feira passada, 31 de agosto, tanto ele quanto sua esposa, Michelle Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), optaram por permanecer em silêncio durante seus depoimentos à Polícia Federal (PF). Além disso, mais seis indivíduos sob investigação foram convocados a depor simultaneamente: Fábio Wajngarten; o advogado Frederick Wassef; o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-aide-de-camp de Bolsonaro; o general Mauro Cesar Lourena Cid; e os ex-assessores Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara.
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