A polêmica declaração
Genoino criticou o suporte de Luiza Trajano a um abaixo-assinado que pedia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que desistisse de apoiar uma ação da África do Sul contra Israel, acusando o país de genocídio. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou veementemente a fala, classificando-a como antissemita e alertando para os perigos desse tipo de postura.
Repercussão da declaração
Durante a transmissão ao vivo, Genoino concordou com a ideia de boicote a empresas por motivos políticos que afetam interesses econômicos, mencionando especificamente empresas de judeus e aquelas vinculadas a Israel. A Conib destacou que o boicote a judeus foi uma das medidas adotadas pelo regime nazista, culminando no Holocausto, e instou as lideranças políticas brasileiras a agirem com moderação diante do conflito no Oriente Médio.
Contexto da acusação contra Israel
A África do Sul levou a acusação de genocídio por parte de Israel à Corte Internacional de Haia, citando declarações de autoridades israelenses como evidências de intenção genocida. Israel nega categoricamente as acusações, argumentando que a ofensiva na Faixa de Gaza foi uma resposta a um ataque terrorista do Hamas. O Brasil, juntamente com outros países do Sul Global, expressou apoio à iniciativa sul-africana.
Posicionamento da Conib
A Conib reiterou a importância de uma abordagem justa e equilibrada na política externa brasileira em relação ao conflito no Oriente Médio. Alertou ainda que posturas extremadas e discordantes com a tradição diplomática do Brasil podem importar as tensões da região para o país.