Em entrevista à TV Record, o presidente Lula (PT) reiterou nesta quinta-feira (13) que o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família, é de sua competência e descartou a possibilidade de entregá-lo ao centrão.
Lula deixou claro que o ministério em questão é seu e que não será removido. Além disso, enfatizou que não são os partidos interessados em ingressar no governo que podem solicitar ministérios, mas sim o governo que oferece essas posições. O presidente mencionou que no momento adequado haverá conversas com os líderes partidários, e toda a imprensa ficará informada sobre as discussões, ofertas e a relação que o governo pretende estabelecer com o Congresso até o final de seu mandato.
O Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente liderado por Wellington Dias, é objeto de desejo de partidos do centrão, que negociam sua entrada no governo em troca de apoio às pautas do Planalto no Congresso Nacional. No entanto, Lula tem enfatizado que a pasta é sua e que não pretende cedê-la.
Essa não é a primeira vez que o presidente Lula reivindica a posse do ministério. Em entrevista ao SBT na semana passada, quando questionado sobre a possibilidade de ceder a pasta, ele declarou que a escolha dos cargos é responsabilidade do governo.
A declaração de Lula também sugere que a reforma ministerial almejada pelos partidos do centrão, liderados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), será adiada até a volta do recesso legislativo, em agosto.
A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, já havia manifestado apoio a Wellington Dias, ressaltando a importância do ministério no governo. No entanto, a pasta enfrenta críticas tanto no Palácio do Planalto, devido à falta de conquistas significativas para o governo, quanto no Congresso Nacional, devido aos obstáculos na liberação de emendas. O Ministério do Desenvolvimento Social possui um orçamento de R$ 276 bilhões, superior aos valores destinados à Saúde e Educação.
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