No último sábado, a Região Norte do Brasil testemunhou o maior terremoto já registrado no país, alcançando 6,6 graus na Escala Richter, de acordo com informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos. O evento sísmico ocorreu às 18h31 no horário de Brasília, 16h31 no horário local.
Embora o Serviço Geológico dos Estados Unidos tenha inicialmente apontado Tarauacá, no Acre, como epicentro, as coordenadas precisas indicam que o tremor ocorreu em uma área isolada em Ipixuna, no Amazonas.
Surpreendentemente, mesmo com a magnitude considerável, não foram registrados danos significativos. Isso se deve à profundidade do terremoto, atingindo 614,5 quilômetros, o que permitiu a dissipação eficiente da energia. Os geólogos explicam que tremores a essa profundidade geralmente passam despercebidos pela população.
O Centro de Redes de Terremotos da China também registrou o evento na Amazônia, mantendo a mesma intensidade de 6,6 graus na Escala Richter, mas com uma profundidade reportada de 630 quilômetros.
Em 7 de junho de 2022, Tarauacá já havia experimentado um terremoto de 6,5 graus, o segundo maior na história do Brasil até então, sem causar vítimas ou danos materiais.
A explicação para a ocorrência frequente de tremores na região está na proximidade com a Cordilheira dos Andes, uma das áreas mais sismicamente ativas do planeta. Nos últimos 45 anos, quase cem abalos sísmicos foram registrados em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, sem consequências graves.
Até o momento, não houve manifestações dos governos do Acre e do Amazonas, nem das prefeituras de Tarauacá e Ipixuna.