O deputado estadual Wilker Barreto se manifestou, através de suas redes sociais, nesta semana, sobre um problema recorrente no governo Wilson Lima: o atraso de salários de profissionais da saúde que atuam no Amazonas. Desta vez, ele destacou que 30 médicos da UTI e enfermaria do Instituto da Mulher Dona Lindú (Av. Mário Ypiranga) e do Hospital Platão Araújo (Av. Autaz Mirim) estão sem receber há seis meses. Para piorar, os mesmos profissionais contratados da empresa Queiroz e Lima foram expulsos de seus postos de trabalhos na véspera de natal, 24, para que outra empresa ocupe as unidades. Segundo o parlamentar, a situação é delicada, pois além da falta de pagamento (o último salário recebido foi em junho), com a entrada de uma nova cooperativa, fica ainda mais difícil que o Executivo repasse os atrasados.
“Chegou uma ordem de saída, para que outra empresa assuma, no caso, a nova é a Copati, e os profissionais da saúde que estavam sem receber, vão continuar sem seus salários, desamparados, após trabalhar meses e meses para salvar vidas, saindo literalmente com uma mão na frente e outra atrás. Isso é desumano, desrespeitoso, um tapa na cara desses trabalhadores de um Governo que tem arrecadação recorde e aumento de impostos”, disparou Wilker.
Na área da saúde, além dos 30 médicos há seis meses sem receber, a falta de pagamento do Governo do Amazonas se estende, também, aos enfermeiros terceirizados da Discol, que atuam em Tabatinga, somando três meses sem pagamentos; 270 enfermeiros do Instituto de Enfermeiros Intensivistas do Amazonas S/S Ltda (IETI) com seis meses de processos pendentes de pagamentos, desde junho até novembro/2022; e 219 médicos da Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam) que atuam no Melhor em Casa há 2 meses sem ver a cor do salário.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas, Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, a falta do repasse de pagamento do Governo às empresas que prestam serviços na saúde do Estado representa um grave risco aos pacientes que buscam atendimento na rede pública estadual.
“É lamentável, está um caos. Os nossos profissionais continuam sofrendo e passando por situações complicadas. É muita humilhação porque eles estão trabalhando, continuam na linha de frente e não estão pedindo nada de ninguém, só querem o direito deles. Passamos o Natal sem ter o que oferecer para os nossos filhos e o Ano Novo será, infelizmente, da mesma forma”, ponderou a enfermeira.
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