O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta quinta-feira, 29, para repercutir novamente o cenário das escolas públicas da rede estadual de ensino, que estão sem cobertura contratual para os serviços de limpeza e conservação. O parlamentar expôs que os próprios alunos estão realizando a limpeza das unidades de ensino e voltou a criticar a falta de soluções do Executivo estadual para a problemática.
Diante da tribuna, o parlamentar exibiu um vídeo de estudantes da Escola Estadual Professor Roberto dos Santos Vieira, localizada no bairro Nova Cidade, zona Norte de Manaus, fazendo a limpeza da unidade de ensino. Na ocasião, Barreto também mostrou imagens de banheiros sujos e lixeiras com acúmulo de lixo de uma escola do município de Barreirinha, distante 331 quilômetros de Manaus.
“Esse é o início do ano letivo do Governo do Amazonas na educação. As imagens falam por mim, esses alunos estão limpando a escola em horário de aula. São mais de 400 escolas que estão nessa situação, é desta forma que vamos enfrentar o Enem, que somos os últimos hoje no ranking do Brasil?”, criticou o parlamentar.
Único parlamentar que vem denunciando o descaso nas escolas estaduais, Barreto reiterou que já cobrou, junto à liderança do Governo na Casa Legislativa, diversos posicionamentos da Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar (Seduc), mas que a pasta informa que o problema é orçamentário.
“Já ligamos, já cobramos da Seduc um posicionamento e me informaram que estão esperando uma dotação orçamentária da Sefaz. Aí eu pergunto: o ano está começando agora, como que não tem dinheiro? Já seria um absurdo estarem com meses de 2023 em atraso, mas março inicia amanhã e não pagaram nem janeiro e fevereiro. Já não basta a saúde com problema, agora a educação?”, ponderou o deputado.
Por fim, Wilker cobrou uma atuação da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (COED-Aleam), do qual é membro titular, acerca da problemática. “A Comissão de Educação tem que se manifestar, é inadmissível deixar escolas sem limpeza, já está passando de uma questão de educação para saúde pública. O assunto é grave, se até segunda-feira a Seduc não se posicionar com a Sefaz sobre o pagamento, nós temos que inspecionar as escolas”, finalizou.
