Os oportunistas são aquelas “figuras” que se aproveitam de situações para obter
vantagens de toda ordem. São como as hienas: não medem as consequências para os
outros. Estão espalhados por todo canto — nas relações pessoais, nos negócios e,
principalmente, na política.
Os oportunistas quase sempre não têm escrúpulos em relação aos seus atos; acham que
os meios justificam os fins. Estão sempre em busca de vantagens pessoais, não
importando as consequências.
Quase sempre usam a manipulação — seja de informações, seja explorando as
vulnerabilidades dos outros.
Para os oportunistas, não importam os danos pessoais, profissionais ou mesmo a perda
da confiança. Alguns, por conta dessa “doença”, até perdem oportunidades legítimas.
No Brasil, o oportunismo na área política tem causado impactos muito negativos,
gerando corrupção, desigualdades e injustiças.
Vendo essa CPMI do INSS — uns dizendo que a culpa é do outro, ou que começou no
governo anterior, mas atingiu números geométricos no governo atual —, fica-se a
imaginar o tamanho da pizza que vai dar, como aconteceu em quase todas as CPIs ou
CPMIs anteriores. Um gasto astronômico de dinheiro público para resultados pífios.
Essa CPI não vai melhorar as aposentadorias, nem trazer qualquer benefício para os
milhões de aposentados do Brasil. Vai servir, sim, aos oportunistas. Afinal, estamos em
época de campanha — e, para os oportunistas, que não têm escrúpulos nem se
preocupam com os outros, essa CPI vem como uma luva.
Aqui, no nosso Amazonas querido, temos oportunistas “aos montes”, como dizia um
velho amigo que já está em outro plano.
Quer apostar como a BR-319, a Zona Franca de Manaus, a segurança pública e a saúde
vão continuar sendo as vedetes da próxima campanha? Perdão, esqueci da corrupção!
Ela também vai fazer parte do elenco.
Mas as propostas sérias e viáveis não farão parte do “mote de campanha” dos
oportunistas.
Pagar pra ver!
Manaus, 18 de maio de 2025.
Professor José Melo
Ex-Governador do Estado do Amazonas