O Partido Novo apresentou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação se baseia em um discurso proferido por Lula durante sua visita à embaixada da Palestina, em Brasília, no dia 8 de fevereiro. No discurso, Lula prometeu que o governo brasileiro aumentaria as doações para a Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
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O Partido Novo protocolou a representação na sexta-feira, alegando que a decisão de Lula de aumentar as doações para a UNRWA é motivo de preocupação. Em seu discurso, Lula criticou a decisão de mais de 16 países que suspenderam repasses para a agência da ONU, após denúncias de envolvimento de funcionários da UNRWA no ataque do Hamas a Israel, desencadeando o conflito.
Vários países haviam cortado o financiamento da UNRWA devido a suspeitas de apoio ao Hamas. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que os países continuem financiando a agência que fornece ajuda em Gaza. Ele afirmou que medidas foram tomadas contra os funcionários envolvidos no ataque.
O Novo argumenta que, ao fazer a promessa durante o discurso na embaixada, Lula incorreu na prática de terrorismo. O partido também destaca que, embora o Brasil não tenha formalizado a declaração de que o Hamas é uma organização terrorista, isso não impede que outros órgãos e o poder judiciário o considerem como tal.
A advogada do Novo, Carolina Sponza, declarou: “O Novo vê este ato do presidente Lula com preocupação, pois no momento em que os maiores doadores da Agência retiram suas doações por suspeita de apoio ao Hamas, o Brasil sinalizar um aumento mostra para toda a comunidade internacional que somos cúmplices do terrorismo.”