“É a falta dessa resposta que me incomoda, e eu só vou sossegar quando eu ver o assassino do meu filho na cadeia”, disse a mãe do engenheiro, encontrado morto no último dia 30
“O Flávio não foi morto, ele foi assassinado covardemente. Queremos Justiça”, era um dos gritos de aproximadamente 300 pessoas que participaram da manifestação que aconteceu neste domingo (6) de manhã no bairro Morro da Liberdade, Zona Sul de Manaus.
Todos os presentes pediam que seja feita a Justiça no caso da morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42 anos, encontrado morto na última segunda-feira (30) no bairro Tarumã, na Zona Oeste da capital.
Vestindo camisetas brancas com a foto da vítima e com dizeres pedindo Justiça, familiares, amigos e populares percorreram várias ruas do bairro. Por onde passavam, moradores se integravam à manifestação com o mesmo sentimento.
A mãe de Flávio, Maria Irecê Rodrigues, demonstrando fragilidade, saiu à frente dos manifestantes segurando uma faixa onde pedia Justiça pela morte do filho – há indícios que o engenheiro tenha sido morto na residência onde mora Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus
Antes da saída da passeata, Maria Irecê disse que estava esperando por Justiça pela morte do filho que ainda não foi feita. “É a falta dessa resposta que me incomoda, e eu só vou sossegar quando eu ver o assassino do meu filho na cadeia”, disse.
Os manifestantes saíram da Paróquia Imaculado Coração de Maria, na travessa São Benedito, onde pela manhã aconteceu a missa de 7º Dia do engenheiro. Familiares e amigos lotaram a igreja. A celebração foi marcada por comoção, principalmente por parte dos familiares. No final da missão, que foi celebrada pelo pároco Raimundo Élcio, houve um momento de homenagem à vítima com o cântico “Sonda-me”, e a história de vida dele contada por uma das irmãs.
“Flávio teve sua vida tirada de forma covarde. As marcas em seu corpo acusam a brutalidade de que lhe atacara fatalmente. Mãos machucadas, rosto desfigurado, semblante sofrido”, disse uma sobrinha. Até o momento, cinco suspeitos estão presos temporariamente por participação direta e indireta no caso. Alejandro Valeiko permanece foragido da Justiça, mas cumprirá prisão domiciliar, caso se apresente até as 20h deste domingo (6) na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na Zona Norte de Manaus.


