No último sábado, 19 de agosto, durante a Marcha para Jesus, um evento evangélico realizado na região central do Rio de Janeiro, o Pastor Silas Malafaia voltou a expressar duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Diante de milhares de fiéis presentes, Malafaia chamou Moraes de “ditador” e dirigiu críticas aos demais ministros da corte, alegando que são “omissos” em suas responsabilidades.
Em seu discurso inflamado, o pastor destacou a atual situação do Brasil, que, segundo ele, estaria sob uma “ditadura da toga” imposta pelo ministro Moraes. Malafaia não poupou palavras ao criticar as ações recentes do ministro, que incluem restrições às redes sociais e prisões relacionadas aos protestos de 8 de janeiro. Ele também acusou Moraes de agir além de sua alçada e de ter envolvimento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nós estamos vivendo no Brasil uma ditadura da toga, do ditador Alexandre de Moraes. Eu não tenho medo desse cara. O que esse cara está fazendo nos últimos dois anos, cerceando redes sociais de brasileiros, botando gente na cadeia, quando ele não podia nem tocar porque não pertence à alçada dele”, afirmou Malafaia perante a multidão.
Além disso, o pastor defendeu indivíduos presos sob suspeita de envolvimento nos protestos de 8 de janeiro, acusando Moraes de conluio com o atual governo. Em suas palavras, “Senhor ditador da toga Alexandre de Moraes, a sua casa ainda vai cair. E eu vou dar as hipóteses: ou vai cair pela mão de Deus, ou vai cair porque o Senado vai tomar vergonha na cara, ou vai cair porque o povo é o supremo poder de uma nação. E o povo fazendo pressão na sociedade ninguém aguenta. É um desses motivos. Esse cara vai cair.”
O evento, intitulado “Marcha para Jesus”, teve início às 14 horas do sábado, seguindo um trajeto da Avenida Presidente Vargas até a Praça da Apoteose, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O tema central deste ano foi a “Liberdade de expressão”.
“Não digam que vocês não receberam um alerta. Tentaram aprovar no Congresso Nacional e na Câmara um projeto deste governo, relacionado às fake news, tentaram aprovar medidas que restringiriam a liberdade de expressão assegurada pela Constituição. Na última hora, o relator comunista retirou o projeto de pauta com medo de derrota. Agora, vocês devem compreender, ao cercear a liberdade de expressão, a porta para cercear a liberdade religiosa está sendo aberta. Se eu não posso expressar meus pensamentos sobre qualquer assunto, também não posso expressar minhas crenças religiosas, meus dogmas e convicções”, pregou Malafaia.