Leitos possuem concentradores de oxigênio, mas ainda não contemplam UTIs. Ao lado de Wilson Lima, o ministro deu prazo de até 2 semanas para que os outros 51 leitos sejam entregues
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, abriu 30 dos 81 leitos com concentradores de oxigênio no Hospital de Campanha Nilton Lins, ou seja 30% de sua capacidade prevista. Em pronunciamento na manhã desta terça-feira (26) ao lado do governo do Amazonas, Pazuello informou que os leitos restantes devem ser entregues em até duas semanas, por conta de ajustes de pacientes e recursos humanos. A ala inaugurada ainda não contempla leitos de UTI.
“A Nilton Lins é uma estrutura particular feita em parceria com a prefeitura e Estado que pode chegar a ter muita capacidade. O que o Estado com o MS está inaugurando hoje são 30 leitos com concentradores de oxigênio, podendo esse número chegar a 81 em curtíssimo prazo, porque o material está aí. Falta ajuste de pacientes e recursos humanos. A sustentabilidade já está garantida, que são os concentradores de oxigênio. Além desses 81 chegaremos a 22 UTIs e uma enfermaria de ‘campanha’ só que em estrutura física, para mais 50 leitos. Chegando no Nilton Lins a 152 leitos”, descreveu Pazuello.
Pazuello ressaltou que o Ministério da Saúde (MS) também está em tratativas para ampliação de leitos do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Azis. Segundo Pazuello, HUGV terá 150 leitos clínicos e 30 de UTI, enquanto o Delphina chegará a 150 leitos acoplados dentro da unidade hospitalar.
“Nós fizemos um trabalho em conjunto com o Ministério da Economia e com o Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares] e puxamos o HUGV para linha de frente. Hoje ele está funcionando desta forma sustentável, aproveitando o oxigênio colocado ontem pela White Martins, permitindo o backup. O HUGV deve chegar a 150 leitos e 30 de UTI, em até duas semanas. No Delphina Aziz, nós desdobramos uma enfermaria de campanha de 150 leitos, com duas usinas geradoras, permitindo sustentabilidade sem usar o oxigênio da White Martins. Isso vai ser inaugurado amanhã”, declarou o ministro.
Recursos humanos
O ministro da Saúde também pontuou que o governo federal está disponibilizando contratações de profissionais de saúde com o intuito de ampliar o corpo de profissionais que atendem os hospitais no Amazonas.
“O MS vem disponibilizado inúmeros profissionais para contratações no Estado. Fora esse modelo, o MS também está contratando pelo ‘Mais Médicos’ e pelo sistema ‘Brasil Conta Comigo’. Estamos trazendo 186 médicos e 472 demais profissionais de saúde de fora de Manaus, por programas do governo federal”, informou Pazuello.
Transferência de leitos
No período de 15 a 25 de janeiro de 2021, o Amazonas, com apoio do governo federal, realizou a transferência de 277 pacientes amazonenses para outros estados. Para Pazuello, o objetivo é chegar a 1.500 transferências.
“Chegamos à necessidade de fazer as remoções de Manaus. Pelas razões óbvias que apresentei. Partimos a remoção de pacientes, inicialmente de hospitais federais, e agora para hospitais do SUS de Estados que estão se oferecendo para receber os amazonenses que precisam ser tratados.
Já tiramos 300 pessoas em aviões da Força Área Brasileira e o nosso objetivo é tirar em torno de 1.500 pessoas, para que nós possamos equilibrar a quantidade de demanda e oferta por leitos em Manaus”, contou o ministro.
Vacinas
Em relação as doses das vacinas, o ministro contou que o governo federal disponibilizou 452 mil doses da vacina contra Covid-19. Segundo Pazuello, o Amazonas é estado brasileiro que mais recebeu doses, proporcionalmente à sua população.
“Já está disponibilizado para o Amazonas 452 mil doses de vacina. Proporcionalmente, o Amazonas é o Estado que mais recebeu doses. Com essas doses o objetivo é que 100% dos indígenas aldeados; 87% dos profissionais de saúde e 100% dos idosos em instituição de longa permanência sejam vacinados”, contabilizou Pazuello.
Pazuello destaca ainda que parte das doses foram disponibilizadas pelos demais Estados, tendo em vista a situação alarmante que Manaus se encontra.
“E nós fizemos um fundo com os governadores, de 5% todas as vacinas que chegam no Brasil, sejam disponibilizadas para atender as áreas mais impactadas. Manaus recebeu, com isso, 100 mil doses de vacinas extras. Essas 100 mil doses são para atender idosos acima de 70 anos. Com isso, a gente segura o maior risco de pessoas que vieram à óbito. Mais de 85% dos óbitos são de idosos acima de 70 anos. Nosso objetivo aqui, independente da responsabilidade e competência, é salvar mais vidas”, ressaltou o ministro.