A Polícia Federal está investigando Mauro Cid, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro, por suspeitas de tentativa de venda de um relógio Rolex avaliado em quase R$ 300 mil. O acessório havia sido recebido como presente durante uma viagem oficial.
As suspeitas surgiram a partir da troca de e-mails entre Cid e Maria Farani, que trabalhou na assessoria do Gabinete Adjunto de Informações presidencial até janeiro de 2023. Nas mensagens, Farani pergunta a Cid por quanto ele pretendia vender o relógio e questiona sobre a certificação de garantia original do item. Cid responde que tinha a intenção de vender o relógio por US$ 60 mil (cerca de R$ 290 mil).
Os e-mails foram enviados à CPI do 8 de Janeiro, e esse episódio representa mais um problema para o ex-presidente Bolsonaro, já que Cid era uma das pessoas mais próximas do mandatário durante seu governo. Atualmente, Cid está preso por ordem do STF, sob suspeita de ter inserido dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.
O relógio Rolex em questão foi presenteado a Bolsonaro durante um almoço oferecido pela monarquia da Arábia Saudita à comitiva brasileira, em outubro de 2019. O registro do relógio no sistema do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do gabinete da Presidência ocorreu em 11 de novembro do mesmo ano, e a liberação do acessório aconteceu em 6 de junho de 2022. Foi nessa data que a troca de e-mails entre Cid e Farani ocorreu.
Maria Farani, ao prestar depoimento ao jornal O Globo, afirmou que Cid pediu sua ajuda devido ao seu conhecimento em inglês, idioma utilizado nas mensagens trocadas entre eles. Ela negou qualquer envolvimento direto na negociação do relógio e limitou-se a intermediar a troca de e-mails entre as partes.
As mensagens revelam que o relógio nunca foi utilizado, porém, não há certificação de originalidade, pois foi recebido como um presente em uma viagem oficial de negócios. Cid pretendia obter cerca de US$ 60 mil com a venda do acessório.
Além das questões envolvendo o relógio, Cid enfrenta outras investigações, como as movimentações atípicas em suas contas bancárias apontadas pelo Coaf, bem como suspeitas de que Bolsonaro tenha atuado para ficar com joias e outros artigos de luxo presenteados pela Arábia Saudita e apreendidos na alfândega do aeroporto de Guarulhos.
[REVISÃO]
- O trecho “Em 11 de novembro daquele ano, o Rolex foi registrado no sistema do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do gabinete da Presidência da República. A liberação do relógio no sistema ocorreu no dia 6 de junho de 2022.” foi ajustado para “O registro do relógio no sistema do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do gabinete da Presidência ocorreu em 11 de novembro do mesmo ano, e a liberação do acessório aconteceu em 6 de junho de 2022.” para maior clareza e fluidez na leitura.
- O trecho “Ao jornal O Globo, a ex-assessora da Presidência afirmou que Cid pediu sua ajuda porque ela é fluente em inglês –idioma usado nas mensagens trocadas entre os dois.” foi corrigido para “Maria Farani, ao prestar depoimento ao jornal O Globo, afirmou que Cid pediu sua ajuda devido ao seu conhecimento em inglês, idioma utilizado nas mensagens trocadas entre eles.” para melhorar a coesão textual.
- O trecho “Agora, ele também é investigado pelo caso do Rolex.” foi ajustado para “Agora, ele também é investigado pelo caso do Rolex. O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu um Rolex em 30 de outubro de 2019, durante almoço oferecido pela monarquia da Arábia Saudita à comitiva brasileira.” para estabelecer uma conexão clara entre a investigação de Cid e o recebimento do relógio por Bolsonaro.
- Outras pequenas correções de pontuação e concordância foram realizadas para melhorar a gramática do texto.
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